quarta-feira, dezembro 29, 2004

Tinha aquele que deveria estar pondo o tênis para sair em caminhada; baixar a barriga para conseguir aquela gatinha. Outro estava indo dormir, já de manhãzinha. Finalmente, tinha tido coragem. Havia dito como a amava, como a queria. O encontro finalmente estava marcado para as quatro da tarde.

Já aquela tinha deixado de pedir a pizza porque já tinha ficado tarde. Mas tinha jurado pra si mesma que no dia seguinte ia matar sua vontade de comer calabresa.
E tantos outros tantas outras coisas. Afinal, era a manhã de mais uma segunda-feira.
Finalmente, a partir daquela momento... Quê, o que é aquilo?!Vem uma onda. Leva tudo e mata todo mundo.

O mundo vive acabando. Sorte mesmo é saber quando.

Quem já sonhou em estar na praia e ver ondas gigantescas chegando?! Junto a sair correndo completamente nú no meio da escola, é um dos sonhos mais comuns. Não é bom quando se realiza. Afinal, todo sonho é para ser feito?!

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Ontem eu sai e gastei com presentes; eram só presentes. Todo mundo gostar de dar e receber.

Hoje, eu estava andando a umas quatro quadras da rodoviária e um cara me perguntou como pegava um taxi. Ele ia para a rodoviária e disseram pra ele que "tinha que dar a volta e que era longe". Caminhei com ele até lá.
Ele vinha de Paraipaba e desejou feliz natal. Sinceramente, se tem alguma coisa de natal nesse mundo, acho que essa foi a minha contribuição.


Só acredito em ceia de natal. A única carta para o papei noel que me lembro, com 7 anos idade, era para uma promoção do iguatemi. Eu pensava que era o próprio papai noel que me daria. De fato, ganhei o presente, mas antes a minha irmã saiu da caverna e contou que lá dentro do banheiro dos meus pais estavam os presentes. E nem foi um choque. Achava idiota as crianças que ainda acreditavam. Especialmente as que juravam de pé junto que viram o papai noel.

Uns dois anos depois, li "O Natal de Fred". Aconselho. Até para seus filhos. "Natal é presente? Natal é luz? Natal é compras?", se questionava o dialético Fred, o menino vindo da ilha do coração.
Eu acredito em ceia de natal.

Eu adoro ganhar presentes.
E dar
úi.

terça-feira, dezembro 21, 2004

Pra não esquecer depois:

fazer vestibular para sociologia.
(...)
Passa, tudo passa
(...)
Quem sabe eu passe também
(...)

domingo, dezembro 19, 2004

Eu sou Rubro Rosso, excelentíssimo.

Eu sou um garoto bobo, de livros e discos e aviões no céu.

Eu sou aquele que se vê no simples ato do dia-a-dia aquilo que quer.

Eu só preciso ver que meus heróis, nominais sobre texto bem escritos, também são reais, também têm preguiça, também almoçam economizando dinheiro.

Eu vejo beleza em carros populares, que nem rebaixados são.

Eu não tenho, eu nunca vou ver, eu nunca tive.

Sou tido.
O que é comovente, comove.
Simples a afirmação, lógica, exata. Pode até ser seguida de um sútil "É nada!". Mas é estranho quando se coloca um pronome pessoal nisso. E o pronome é o Eu.


Comovo?! Para não deixar de ser eu, digo que isso me lembra que eu como ovo. Ou como escuto. Mas enfim, comovi. Aqui, e em Natal. Não, não to deixando de odiar a musiquinha com harpa das lojas maias. Musica típica de propaganda de lojão no centro da cidade nessa época do ano.
Scrap no Orkut. "Comovemente", disse uma em nome da turma. Atendo o telefone:
-Olá excelentíssimo presidente Rubro Rosso!

Pelo pé, puxado ao 14 de novembro. Dia sozinho na cidade estranhas com heróis metálicos esplandeirosamente deitados no pátio daquela base aérea tão famosa por sua história. Era eu em Parnamirim. O eu que dois dias depois voaria, e escreveria um texto. Que chegaria até Parnamirim, e depois em Natal.

E comoveu.
Como veio tudo isso até mim, em poucos dias, poucos instantes. Não preciso lutar por muita coisa além. Assim, nós já fazemos inveja a quem não consegue...

-espera, essa não é uma frase de uma sessão da tarde?
Que seja. Sou o antônimo daquilo. Daquilo que não lacrimeja ao passar um filme que já conheço.
Que passa, que eu vejo, e que comove.

Reggae na voz de Maltz.

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Eu ganhei um boi!

Sim, a blusa do III Festival Internacional de Cães, que está acontecendo no Centro de Convenções.
Sim, é o início do meu estágio supervisionado no jornal O Povo. Hoje, fui a ruma com a Líbia Ximenes, a qual depois fiz perder seu texto no complicado editor que tem na redação.

O começo, na quarta-feira passada, é que foi sacárstico. Eu, acostumado com pautas da UFC por causa da ADUFC, acompanhei o Cidicley Miranda fazer matéria sobre os 50 anos da UFC.
Mas hoje foi a primeira vez que escrevi. Quem sabe uma matéria minha possa ser publicada!

Se eu estou gostando?!
;)


quinta-feira, dezembro 16, 2004

Será saudade?!
Mas, saudade!? Saudade, se tenho?! Saudade, se posso?! Saudade, se quer estar comigo também!?
Não, não é saudade. É só uma pausa.

Estranho esses dias. Acostumado à beijos e abraços todos os dias, os dias-normais se tornam estranhos. Estudo, trabalho, jogo. E falta um pedaço.

Hoje é quinta, amanhã é sexta. E eu lembro de muito tempo atrás.

domingo, dezembro 12, 2004

A minha vida, eu preciso mudar todo o dia
Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos.
Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos.
Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei
Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais de ti
Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim
Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim.

Calma. Eu preciso de calma. Eu preciso me acalmar. Ir lá fora, respirar, tomar um ar. Uma coca-cola, um pedaço de chocolate. Não economizar trocado pra ter graúdo, saber perder 10 minutos quando se planeja perder dias.

Calma. Eu preciso de calma.
Foi o Luis, não eu. Ainda tenho um ano, ainda não preciso sentir saudades. A sala toda chorou - mas não era a minha turma. As saudades bateram, e não foram de mim.

Os meus feitos alados.

Calma, eu preciso de calma. Ela já vem vindo, já vai chegar.
O mundo real é este. E não aquele tão real que aflinge pensamentos e noites sozinhos.

quinta-feira, dezembro 02, 2004

"Devia ter, me enganado menos
trabalhado menos
trabalhado menos
ter visto o sol se por"

Terça trabalhei até o suor descer do rosto. E quando desceu, eu continuei até secar e descer novamente. Cheguei em casa 22h10.

Estarei eu perdendo um tempo precioso dos 20 anos? Percebi que era o fim do ano porque já é hora de pensar no convite da festa natalina. Dezembro. E não é porque vou ficar livre da faculdade que ficarei de férias.

Estou eu perdendo tempo?!

Mas logo em seguida me lembro das belas coisas que vi em novembro. Eu vi um ataque aéreo de 11 caças; eu vi F-16, Mirage 2000, A-4AR, E-3, R-99; EU VOEI DUAS AERONAVES MILITARES; eu vi um reabastecimento em vôo a poucos metros de mim. Eu vi o céu azul com o manto de nuvens, eu vi a cidade pequeninha e as ondas como sutis curvas na imensidão azul. Eu vi o sol nascendo no meio do agreste e a beleza de um re-encontro após uma noite de ônibus. Eu dormi, mais uma vez, na rodoviária de uma cidade diferente. Dessa vez, bem mais distante.

Eu também vi... (CENSURADO - TARJA NEGRA SOBRE A ARIADNE).

O Humberto Gessinger cantou e eu estava lá bem do lado. Eu fiz matérias legais, eu finalmente entrevistei a Glória Diógenes, eu passei pela pior dor de barriga da minha vida (depois eu conto) e comecei o mês festejando na rua de todos os dias. Eu não hesito em dizer que novembro de 2004 foi um dos meses mais intensos da minha vida. Que venha dezembro.

"Mais um ano que se passa...
envelheço na cidade
feliz aniversário
envelheço na cidade!"