segunda-feira, junho 26, 2006



Mais leve que o ar. Tão leve que, no lugar da euforia, silêncio e sorriso de pura contemplação. De passear, sobre dunas, mar, coqueiros, árvores, praias, rios e tudo. E tudo sobre mim. Até olhar para baixo para ver um pássaro fazer um milagre.

De ir aos céus. Milagre comum, simples, explicável. Mas que faz até ateu olhar para dentro das nuvens e pronunciar palavras baixinho demais para o intercomunicador ser ativado...


Com o vento gélido no rosto, balanço ao sabor da brisa e comandos suaves para bailar no azul. De não ter janela, e sim quase todo o mundo em volta. Eu voei. Pela terceira vez, eu voei. Senti que estou vivo. Ainda tendo problemas para desembarcar e com os próprios dedos no comando sendo ainda só mais um sonho. Mas ver o pôr do sol, ali, lá do alto, e poder ainda escolher voltar sobre as ondas... Já foi o suficiente para os muitos próximos sonhos.

(afora, claro, os prazeres de ouvir a TWR FOR e a discussão divertida sobre a vantagem de ausência de flaps, procedimentos de pouso sem motor e lições sobre trim em aeronaves biplanas...)
Muito obrigado, Jörgdieter Anhalt....


Não poderia deixar de mandar um beijo, e parabéns, para quem saiu de umas letras meio estranhas (essa coisa chata de you're, book is on the table) para ir para outras mais complicadas ainda (oikia, avantus aprendus latinus), mas com a certeza de fazer o que ama...

E, à noite, ainda ter disciplina e força para derrubar os meninos gordinhos de 13 anos. Parabéns, senhorita faixa "jirimum" e de letras tão clássicas...

segunda-feira, junho 19, 2006



"Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
A lágrima é verdadeira"
Não há hora.

Não são 8, 9 ou 15 para as dez. Apenas faltam 10, faltam 9, falta oito e pouco para aquela Hora. Feito fim de ano. Ruas vazias, ônibus com a pressa que agrada todo mundo, e pedido de desculpas por entrar na loja.

Portas fechadas onde se lê "segunda à sexta, das 8 às 18 horas". Folga. Um medo de furar o pneu como se foge de rua de pedras.

E atenção. E param. E olham. E esperam. E esperam. E esperam. E esperam.

Só um a zero.

Depois, no domingo. Faria sol, mas choveu. Mesmo assim, carne, paçoca, bêbados no meio da rua e esporte nacional: peças soltas no asfalto. Dois a zero.

E eu não grito. E não tremo. E nem falo muito. Parece até que nem gosto. Mas vou lembrar de cada milimétrico detalhe desses dias que em que tudo aparenta ter um grande sentido: mas mesmo assim eu adoro.

quarta-feira, junho 14, 2006

É engraçado escrever e rir sozinho.

Se há palavras que vão embora (por outras palavras) tem outras também que vão embora com um sorriso de auto-sem-vergonha, de piada-própria e safadeza que não se explica.

Mistura dos números três e quatro.

Três pedaços de doce gostoso, três discos a mais para a coleção, três livros da "trilogia de quatro".

Parabéns, mas só para nós dois.

segunda-feira, junho 12, 2006

Palavras.

São só palavras.

Vão embora com outras.

Palavras.

sexta-feira, junho 02, 2006

Eu acordei hoje como quem explode uma estrela. Determinado: o sonho seria realidade. Aquele bem estar, morto por um bocejo preguiçoso de quem acorda e nem quer abrir os olhos, tinha tudo para se fazer o que merece ser. Realidade.

Eu tive idéias lindas. Amor, vida, futuro, certeza. Bastavam algumas mudanças. Tá certo, feito morrer e viver novamente. Olhei as árvores, os pássaros, a poluição.

Tudo estaria aqui. Feito você. Tudo seria bela. Feito você. Feita para mim, mesmo que eu não soubesse. Para estar comigo, mesmo que não parecesse, mesmo que seja estranho, ilógico, irracional, errado, passado.

Sorrisos e braços dados.