quarta-feira, julho 26, 2006

Meio que intangível. Acho que sou.

Como se a verdade, de fato, viesse entre fones de ouvido, cabeça recostada ou pés em movimento.

A caminho.

Sono pouco, prato pequeno, muitos livros que se quer, poucas linhas em tantos dias. Energia Renovável e Desenvolvimento. Iniciativa para os Lixões de Fortaleza. Secador Solar. Energia eólica. Biomassa.

E passa.

Um dia, outro, outro, outro. Já foi. Mais um mês. Banco (agora um mais perto de casa, valeu Banco do Brasil!), transferência para o futuro que não sei o quê, trocados.

Cinema, sorvete, macarrão. Piratas do Caribe, Kalzone, Buongustaio, churrasquim, cai duro, ingresso. Um CD, um livro, passagens de ônibus. Revistas, gasolina, às vezes, algum presente.

Mensalidade. Estudo. Pós. Pós-Estudo. Estudo onde só há fontes. Espero algo mais. Pós-trabalho, pós-saber-que-nunca-mais-será-como-era-aculá, colegas desconhecidos, diferentes. Pasta de couro, cadeira confortável, gelada. Mas preferia xerox da francesa.

É, fim do dia. Sono, prato pequeno, muitos livros que se deve ler e pouco tempo e linhas. Telefone. Banho. Sabonete de limão. Travesseiro. Lençol. Um ou outro pensamento.

Intangível.

domingo, julho 16, 2006

Assim faz frio. Puxo esse botão, coloco o outro no 2. Mesmo nem tão forte, já gela, e não faz barulho. Não importa. O trânsito tem som de paranóide andróide, ou vice-versa. Mas só nos meus ouvidos.

É bela. A roda brilha com o sinal, brilha com faróis, postes, ou até com a lua. Só a 40. Vai Ecoesporte, anda mais rápido que eu quero chegar. Freiou. Off-road que desvia de buracos. Eu não. Era pequeno.

Matenho só uma mão. Decidi ficar sem pressa. Tirei o pé, mudei a alavanca para o centro e esperei chegar. Calma. Ainda vermelho. Parei. Faltam ainda uns 2 Kms. Três sinais. Via de mão dupla, poucos ônibus.

Fome. É, é melhor ir logo. Nem sabia que seria macarrão bolonhesa (uma das maiores invenções do homem). Estava cheiroso. Gostava. Blusa, calça, um tênis manchado.
Paro, chamo o interfone. Fecho os olhos e espera.

Tudo ficou melhor, então.

sábado, julho 15, 2006

Agora espera, deixa eu trocar a música.

Uma mais divertida, engraçada, uns acordes mais rápidos e uma letra que não diz nada. E deixa. Deixa estar. Deixa pra lá. Deixa-me, como está.

Uma capa linda, para dois projetos lindos, mas revisados, re-escritos, rearranjados, elogios. Torcida. Espero que dê certo. Só mais um capítulo: 8 horas, geralmente mais, sentado. Teclado, mouse. Telefone, um monte. Um monte de papel espalhado.

Semana passa. Sexta. Esforço, esforço, esforço. Dedicação.

Pronto, agora eu troquei a música. Arrumei perfumes, desempoerei os livros e limpei a janela.
Pronto. Agora eu estou pronto.

quinta-feira, julho 06, 2006

Não dá para não ter incômodo. Certamnete, é impossível. É óbvio que mais uma vez a certeza plena fica clara: futebol não é ciência exata! O povo não entende de tática, e ainda acham que jogador brasileiro, precisa, necessariamente, jogar futebol do Brasil. Alas não são laterais; defesa em linha não é fazer linha; triângulo, quadrado ou pentágono não é questão de opinião. É juízo. Jogo feio é não jogar.

Mas, pensando bem, tenho plena certeza de que o Brasil entra em campo nesse domingo. A grande final. Brasil e Costa do Marfim. Sim, falo do jogo de verdade, que deve acontecer em um estádio vazio bem longe das atenções do jogo combinado. De uma Copa paralela em que Ronaldinho Gaúcho deixou os franceses no chão, Ronaldinho marcou o gol da vitória em 98 e Barbosa, sorrindo, nas capas dos jornais do que não seria conhecido como Maracanazo.

É difícil não imaginar que o Brasil ganha todos os mundiais. Sim, somos campeões de todos. Zidane é, no máximo, um bom malabarista que cumpre bem o que é combinado. Já Maradona, coitado, meteu a mão na bola porque sequer conseguiu cabecear mesmo o goleiro dizendo "vai, hermano!
". Juro que ontem vi Ricardo, aflito português, dominar a bola, dar três dribles e um chute certeiro pro gol.

E o Brasil, na realidade, em um estádio escondido, sem enroladas, patrocinadores, convulsões ou confusões, brilha fazendo o show que todos nós queremos ver, com gols belos, de bicicleta, de escanteio, do meio do campo.

Feito aquele do Pelé que mandaram apagar da final de 66.

segunda-feira, julho 03, 2006

Vou célere.

Rumo aos erros, acertos, sorrisos, lágrimas, olás, adeus. Vou adiante, seja em frente, em curvas, certo ou errado. Com as mãos indo ao rosto e sentido a diferença dos anos. Com cada detalhe, mania, pêlo no pé, problemas no olhos, bom e mau humor; com tudo não sendo estado. Sendo eu, ser. Mas não sozinho. Rodeado.

Seja pela tia que arrisca uma camiseta com estampa e glória, acerta. Ligação DDD, convites simples, companhias certas. E nem por isso menos gloriosas. Feito um pai e uma mãe que olham para o filho de beca e sorriem com a mesmo sorriso de quando o viu aprender a ler.
E sou jornalista, como sou filho de um José e de uma Maria. E sou o amigo, sou o namorado, sou o escolhido, o "menino-prodígio", o que ajuda, atrapalha e quando chega em casa ainda vai comprar o pão como quem ficou feliz por ir na padaria, naquela tarde, pela primeira vez, sozinho. E quantos 1° de julho já se passaram desde aquela tarde!

Indo célere. De quem não falava, e hoje se agita. Com tantos nomes, rostos, lembrança e alegrias que vieram. E tantas ainda por vir. Rodeado por uma só palavra: amor.
Que seja piegas! Que não escreva como acho bonito nem como, sendo assim, sei prefiro que seja!

Sejam essas palavras e pesoas próximas, sejam tão absurdamente e completamente nos m
ais distintos sentidos temporais, atemporais e o que seja o que for. 42. A vida, o universo e tudo o mais. Só a certeza que a insônia de hoje não é uma glória de vencedor. É só de alguém feliz porque amanhã é mais um dia. Como foi sexta, quinta, quarta ou até uma terça-feira.

Mas amando tudo e todos. Desde o coração do outro que sinto bater perto do meu, até as ruas de asfalto dessa cidade que acolhe e me faz dormir agora com uma chuva que só me traz alegria, misturando o que é dor e amor, misturando o perfeito e o imperfeito. Criando uma mistura de tantos rumos, mas que se faz célere e feliz com o que tem.


Mais um 1° de julho.

Feliz 22 anos.