sábado, março 29, 2008

Tem sangue por todo canto. As mãos estão cansadas, a cabeça dói e os golpes foram até o limite.

Daqui a pouco, vão parecer muito pouco.

Na tela, a contagem de pontos. Tantos mil porque acabamos de matar o "chefão". Só mais um de tantos outros que vêm por aí.

É nova fase. E o jogo, bem longe de ser finalizado, dá é uma vontade de ir na cozinha, pegar um copo de água, e encarar o que vem por aí.

Com um sorriso no rosto sem nem saber direito quem é o Player 1 ou o 2...

terça-feira, março 18, 2008

É uma calculadora na cabeça, que esquece os números e, que alegria, pensa em dias, torcendo pelo botão de subtrair.

É um calendário em que cada tracinho são 20 anos ou mais de juízo e, que alegria, de contagem regressiva.

É também um coração apertado que pensa em hora não como as 12 do meio dia à meia noite, mas se é a hora. Se é tristeza?! Não, não é, talvez um pouco de medo. Sentimentos estranhos.

Mas como não ser estranho se são tantas coisas novas?!

Te trago as boas novas: é fim, é começo. É momento.

segunda-feira, março 10, 2008

A palavra "Preso" já não parece ser coisa muito boa.

Se no passado me remetia à "Medo", hoje penso muito mais em uma quentinha, já fria, com duas salsichas, um arroz "unidos venceremos" e um feijão que me faria chamar o gerente. Também lembro que alguns dormem no banheiro e, claro, a clara idéia de uma jaula, sem liberdade.

Perdido entre os dedos, já seria uma outra história. Pode ser um cravo - aqueles bem feios, de rosto - saindo da pele entre sangue e pus, como um parto desgraçado de quem terá martírio final num algodão, fundo do ralo da pia. Ou como os deuses mitológicos fariam com os mortais, mudando destinos jogando baralho enquanto vêem TV.

Daí vem a mitologia, vem a língua grega, vem o latim, vem a idéia de que eu posso estar preso entre dedos. Dedos não muito fortes, certamente, nem tão certos. E com virtudes. Virtudes que não cabem aqui explicar, descrever ou definir tão bem: de novidades, tornaram-se nervos.

Não de nervos à flor da pele. Tá, às vezes sim. Mas na maior parte do tempo, como a respiração, como o pulsar do peito que é, de verdade, de verdade, o que faz a gente vivo, e não por causa disso, precisa de palavras, dias ou noites. Não precisam ser grades, mas como minha altura, meu peso, o chão debaixo do pé, a ponta do fio de cada cabelo.

"You know I'm such a fool for you
You got me wrapped around your finger
Do you have to let it linger?
Do you have to, do you have to"



Constante.

É incrível que por tantos anos o nome “constante” tenha sido o desafio do X entre números e um segredo de equação descoberto só ao final do livro. Esquecendo-se de sua “constância”, torna-se instável, inexato, difícil.

Mas não. Porque nos fizeram acreditar que “constante” precisa ser como um segredo?! Ou ainda, porque o papo-física, papo-matemática, wormhole, mc² são conversa de tarde de terça-feira, e não de sábado?!

Com bons roteiristas, física faz sentido até em noite de domingo.

Mais de dez anos depois, consigo, finalmente, encontrar algo que uniu meu lado abandonado, o do físico maluco de 1° lugar na Feira de Ciências de todo o Colégio, ainda na sétima série, com o de hoje, ciências humanas, barba por fazer, questionamentos sobre amor¸ vida e inconstâncias.

Como as repostas não estariam na Constante?!

Quem seria minha constante, brotha?

sábado, março 01, 2008

Até quem me vê, contando os vales, na fila do macarrão, sabe que eu te encontrei. E ninguém dirá que é tarde demais.

Afinal, ainda sou um menino. De barba mal feita e uma filosofia para o dia: se um vegetariano vira zumbi, o que ele faz?!

Então o amigo próximo senta bem distante no ônibus, eu ligo, e nada, perco o lugar, e ganho a noite. Sou sortudo?! Sou amaldiçado?! -Sortudo, acho. É, eu também acho.

E pronto. Hoje já é sábado.

"We'll share the shelter of my single bed..."

O acaso criou o mundo. O mundo criou o homem.
O homem criou deus. Um homem matou deus.
Depois, morreu.

Daí veio o Google. E vem, dia após dia, dizer minha "Sorte de Hoje".

Disse que eu ganharia roupas novas (!!!!): mentira! No máximo, tirei do armário sapato, gravata, calça "fina" e uma pequena agonia de se perguntar: vai dar certo?! Será que vou pronunciar direitinho?! Será que eles vão gostar?!

Pelo visto, deu. E ao invés de pensar nos absurdos do universo, o sentido da vida, e tudo mais; volto para casa com uma voz agradável no ouvido, sanduiche na barriga e vontade de lençois.

Amém, meus ateus