quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Meu calo eu finjo que não tenho.
Meus olhos eu olho certo, certeiro, mesmo que embaçado, mesmo que "-é assimétrico, confirma?!". Confirma, mas diz "tudo bem, fique tranquilo". Vem tranquilizar!

E lágrima cai dos olhos de alegria dos olhos tortos, ao que parece, aprovados. E caem entre palavras embaçadas mais rápidas que sangue deixado em estado estranho, hospital restrito, mãos felizmente delicadas e mãos amigas recentes entre pernas e braços sem forças.

Cidade nem tão diferente, nem tão limpa, nem tão distante. Suficientemente grande para me achar e me perder. Suficientemente longe para no caminho me cantarem Fernanda, Duca, Gessinger, os barbados, os garotos da praia, o Corgan e o Chico, claro, com cheiro de mangue e idéias que precisei desligar para sonhar reto por olhos tortos.

De onde também caem lágrimas em ônibus. De alegria, de incerteza, de estar junto, de estar longe, de ser, pois não é que realmente sou, sensível. E foi isso que eles me cantaram.

A noite inteira.