domingo, agosto 30, 2009

"Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar legua tirana...
E a lágrima nos olhos de ler o Pessoa
e de ver o verde da cana..
Em cada esquina que eu passavaum guarda me parava,
pedia os meus documentos e depois sorria,
examinando o três-por-quatro da fotografia
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.
Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia!
Cai no sul grande cidade
(...)
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
mas a mulher, a mulher que eu amei
não pode me seguir não
esses casos de familia e de dinheiro eu nunca entendi bem
Veloso o sol não é tao bonito pra quem vemdo norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu diae pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas
coisas novas pra dizera minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que ficou desnorteado, como é comum no seu tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você
Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você
que me ouve agora. Eu sou como você."

sábado, agosto 15, 2009

"Incorporando-me à Força Aérea Brasileira
Prometo cumprir rigorosamente
as ordens das autoridades
A que estiver subordinado
Respeitar os superiores hierárquicos
Tratar com afeição os irmãos de arma
E com bondade os subordinados
E dedicar-me inteiramente ao serviço da pátria
Cuja honra, integridade e instituições
Defenderei
com o sacrifício da própria vida"

terça-feira, agosto 11, 2009

Não sei ao certo quais partes do meu corpo doem. Na realidade, seria até mais fácil listar as que não doem. Mas não é isso o que me importa.

O que sei, agora, e tão somente só agora, é que entre o estive e o estou houve suor, sonho e esforço. Uma fé em si mesmo que só existe porque não há ser só. A certeza de que não sou. A certeza de que somos.

Que entre a fraqueza e o chão há braços amigos. Entre o medo e a realização há gritos de incentivo. De perdidos entre pedras e matagais, sem fôlego e sem forças; temos ânimo para cantar à pátria e às asas.

E mesmo que o sono tenha ficado para depois, que a lama seque no corpo e que haja mais dias que banhos; na hora da alegria há abraços. Há conquista. Há a certeza.

Certeza. Certeza de que mesmo quanto tudo parecer incerto, difícil, impossível... ...nada disso o é. Porque às vezes parece que não posso absolutamente nada. Mas SEMPRE podemos absolutamente tudo. Absolutamente TUDO.

E sorrio. Algum dedo do pé não dói mais. Um ou dois deles.