domingo, dezembro 19, 2004

O que é comovente, comove.
Simples a afirmação, lógica, exata. Pode até ser seguida de um sútil "É nada!". Mas é estranho quando se coloca um pronome pessoal nisso. E o pronome é o Eu.


Comovo?! Para não deixar de ser eu, digo que isso me lembra que eu como ovo. Ou como escuto. Mas enfim, comovi. Aqui, e em Natal. Não, não to deixando de odiar a musiquinha com harpa das lojas maias. Musica típica de propaganda de lojão no centro da cidade nessa época do ano.
Scrap no Orkut. "Comovemente", disse uma em nome da turma. Atendo o telefone:
-Olá excelentíssimo presidente Rubro Rosso!

Pelo pé, puxado ao 14 de novembro. Dia sozinho na cidade estranhas com heróis metálicos esplandeirosamente deitados no pátio daquela base aérea tão famosa por sua história. Era eu em Parnamirim. O eu que dois dias depois voaria, e escreveria um texto. Que chegaria até Parnamirim, e depois em Natal.

E comoveu.
Como veio tudo isso até mim, em poucos dias, poucos instantes. Não preciso lutar por muita coisa além. Assim, nós já fazemos inveja a quem não consegue...

-espera, essa não é uma frase de uma sessão da tarde?
Que seja. Sou o antônimo daquilo. Daquilo que não lacrimeja ao passar um filme que já conheço.
Que passa, que eu vejo, e que comove.

Reggae na voz de Maltz.

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