O cantor canta em língua estranha, mas eles só pedem "forró", "forró", "forró". Não é forró, é música mal cantada, lembra a de língua estranha, mas feita para só bocas e curvas.
E lá na rua, aqui na rua, automóveis, tão velozes, queimam. Imóveis. A fumaça sobe entre as linhas mal pintadas, no chão escuro e nos buracos maus, mal tapados quando longe do muro de vermelho e números. Mesmos números dos sorrisos de estúdio e frases decoradas.
Tudo feito de palavras. Uma ou duas; não dizem nada, mas sabem o que pedem. Pedem os dedos, ver a foto e barulhinho. Pronto. Quatro anos para duas ou três palavras se desfazerem.
quarta-feira, agosto 27, 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário