A perna dói.
E sorrio. O riso não vem de caminhada longa, mas de corte que parecia pequeno, mas é grande, mas alegra e conforta, mas não me mata, mas mata um pouco a saudade.
Mostro os dentes ao ouvir zabumba e sanfona, assim mesmo, sem triângulo, sem ser lá minha música preferida, mas só em ser perdida, como o sertão rodeado de cerrado, me agrada. vinte e cinco centavos pela lembrança do cheiro de pau d'arco.
E a minha felicidade é um crediário nas Casas Bahia. Tá, tudo bem, foi à vista, sem crediário, mas foi Casas Bahia. Com aquele bonequinho que diz "sim, eu sei, eu também não sou daqui, então vem pra cá", preço baixo e satisfação depois de anos vendo propaganda da loja que não tem em Fortaleza.
Fortaleza. Como é bom pronunciá-la em cada letra. For-ta-le-za. FOR-TA-LE-ZA. Nome do meu time. Nome da minha terra. Nome certo de encontrar no site de passagem aérea.
Nome onde hoje está tudo. Mas, como eu disse, é só a lembrança do cheiro do mato. E a minha felicidade é um crediário nas Casas Bahia. Em breve vou descer dos andaimes para me atirar em braços e abraços. Mesmo que a perna fique avermelhada. Mesmo que tenha ardido um pouco na hora de tomar banho. Mesmo que doa para dar uma leve caminhada.
Toda dor é válida se vale braços e abraços.
quinta-feira, janeiro 07, 2010
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