Se você me perguntar o que é o amor eu vou pedir para imaginar um carro com um casal de 20 e poucos anos dentro. A estrada está ótima. Eles vão céleres. Escutam as melhores músicas que se pode escutar. Só tem os dois dentro do carro, mas toda a parte traseira está lotada. São roupas, panelas, livros, são uma mudança. Mudança para nova vida. Mudança rumo ao futuro.
Passam de 100. O asfalto é bom. Passam vários outros, lentos, e o sonho fica mais próximo. Mas aí, nesse momento, sobe um leve cheiro de óleo, vem uma luz e um barulho estranho. Pronto. É iniciada uma contagem, no meio do nada, em que cada minuto a mais de fome e de sede trazem consigo o pensamento de "onde estaríamos agora". O sol fica mais forte, e o mecânico desconfiado fala o que é péssimo de ser falado. Há fome. Há replanejamento. E há lamentáveis "e se" que já fogem ao mapa e julgam ações da última meia hora. Dos últimos dias, meses, anos. Sete anos.
Sete anos ou cento e setenta e dois quilômetros. Nenhum padre, pastor ou juiz vai perguntar "aos sete anos ou aos 178 quilômetros". É isso amor. Pra bom ou pra ruim.
Passam de 100. O asfalto é bom. Passam vários outros, lentos, e o sonho fica mais próximo. Mas aí, nesse momento, sobe um leve cheiro de óleo, vem uma luz e um barulho estranho. Pronto. É iniciada uma contagem, no meio do nada, em que cada minuto a mais de fome e de sede trazem consigo o pensamento de "onde estaríamos agora". O sol fica mais forte, e o mecânico desconfiado fala o que é péssimo de ser falado. Há fome. Há replanejamento. E há lamentáveis "e se" que já fogem ao mapa e julgam ações da última meia hora. Dos últimos dias, meses, anos. Sete anos.
Sete anos ou cento e setenta e dois quilômetros. Nenhum padre, pastor ou juiz vai perguntar "aos sete anos ou aos 178 quilômetros". É isso amor. Pra bom ou pra ruim.
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