segunda-feira, janeiro 31, 2005

Buscando justiça, fui injustiçado.Gostaria só de sair de lá e ir para o trabalho. Mas há bravatas, há indignação por alguém que tem tanto ter que perder um pouco. E ameaçado, mas não acuado, recebo o tiro. Nem um pouco certeiro, já que tenho certeza de estar certo

Queria muito que simplesmente esquecessem, e tudo ficasse simples
Mas a razão possivelmente vai precisar de advogado...

É triste ser ofendido com tamanha tranquilidade?!

A comida vem porque temos fome.
O sorriso porque clamamos pela felicidade.
A raiva, a insistência de uma certeza.

A gente tem mais que comida, sorrido e raiva
Ou não tem os dentes sujos mostrados pelo grito ou prazer
Pêndulo incerto

Só há fome porque há vida
Só há sorriso pela tristeza
E liberdade pelas celas

Um mundo, pelo oposto
A mão, corre o corpo ao rosto
O rosto olha o corpo sem as mãos

Existir uma parte, só por ti
A outra, a mim

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Minha casa se tornou um local para dormir. Sinto-me em casa até na rua, entre teus abraços, sem saber ao certo onde ir. São convites ou idéias ao léu, que vêm sem a gente nem perceber. E comemos ouvindo as ondas quebrar onde os gigoletes não suportam as testas. E quebram.

E sabemos mudar os planos alheios para dar tempo. Há quem só dirija um pouco mais; há quem ficou na abstinência. E eu adoro comer doce depois do almoço. Seja só leite em pó misturado com toddy e açucar com um poquinho de água, seja um sorvete inesperado.

Combustível entre semanas que eu chego em casa com os olhos baixos de cansado. Feliz pelos resultados; maluco com as reformas sindical e trabalhista.

sábado, janeiro 22, 2005

Gostaria, querida
De ser inesperado
Como a madrugada amanhecendo à tarde
E engraçado também
como um pato em um trem

O pato mais engraçado da ferrovia

Não, e não estou falando em me profissionalizar como humorista. A vida não tem de ser fácil.
se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho
eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho
feitos um pro outro... feitos pra durar
uma luz que não produz sombra

Percebi que em tantos meses de palavras não exatas eu não coloquei aspas ao que não é, e italizei até o que é meu. Eu era só um menino de 17 anos cheio de dúvidas nas cabeça e um monte de coisas para colocar para fora; depois de tanto silêncio. Hoje eu leio e não sou eu. E nem sei o que é meu. É bem verdade que sinto saudades. Mas mais interessante é não saber quem é quem na história. Eu estou com medo do escuro. E tive medo de caminhar sozinho.

diga a verdade ao menos uma vez na vida
você se apaixonou pelos meus erros
não fique pela metade
vá em frente, minha amiga
destrua a razão desse beco sem saída

quarta-feira, janeiro 19, 2005

A todo pecado, pena
a toda ferida, sangue
ao que deve sangrar, vermelho

Ao crime, a cela
ao pecador, dor
ao choro, pena.

Choro e culpa
faces iguais do pesar
Ao justo, um insulto

Ao mal já feito,
a eternidade.

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São poucos os crimes com perdão. E raros os de recompensa. Somente para coisas do mundo que tantos repugnam. Se te tiraram 1000, que te dêem 1001. E se tiram o que não se volta? Tirá-lo do mundo?! Nada trás de volta. Matar?! NADA trás de volta.
Uma das coisas mais perfeitas que existem é o mal. A outra é o bem.

Mas uma ao lado da outra.

terça-feira, janeiro 18, 2005

E a garganta dói e o corpo esfacela-se entre lençol, cobertor e travesseiro. E de pé não há forças para os pés e sentado, nada de paciência consigo mesmo.

O jeito é deitar e querer dormir a toda hora; computador é só um monte de letras embaçadas.
E tantas linhas na agenda tão nova já vão ficando para trás ou, pior, sendo re-escritas algumas folhas adiante.

É como se eu fosse o maior obstáculo de mim.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você

Linda musiquinha de comercial. De amor dinâmico e rápida como os reclames.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

A maioria das coisas que vejo não são feitas por mim, são por outras. E eu ali do lado, prestando atenção, vendo cada detalhe e lembrando de frases perdidas.

Escrevem com fome, com dor de cabeça, com sono...Sabem apurar sem notar o calor, o frio, a posição desconfortável. Tudo para notar o que ninguém nota.

São os mais arrumados num raio de 10Km e, 10 minutos depois, os mais malamanhados em 10Km de raio...
E depois de tudo, escrevem. Independente se estão afim.


Se escrever é sentimento,
jornalista é prostituta.

terça-feira, janeiro 04, 2005

"Se a imprensa não existisse, seria preciso não inventá-la".

É Balzac, não há jornalismo de verdade. E nem há de haver. É como um orgasmo, tão distane e tentado. A gente sempre acha que alcançou-o, mas uma posterior sensação melhor no futuro deixa certo que o anterior não era nada.
O ideal é não ter viseiras. O problema é já ir com pressupostos. Se forem da cabeça, tudo bem. Se forem do bolso, morte na fogueira. Os efeitos: os mesmos. E todo mundo tem peso sobre os ombros, seja de contas para pagar, seja de massa encefálica com conteúdos lá colocados há muito tempo.

E a gente se acusa, a gente aponta o dedo pra cara um do outro dizendo que não se faz jornalismo de verdade. Tem seguidos orgasmos tentando chegar ao definitivo. Existe?!
Há um jornalismo de verdade?! Não, não há. Mas nem por isso o fim das pautas.

"Sempre houve homens para defender os direitos do irracional".

*
Esse ano, "A revista Força Aérea e o programa FX" pode vir a ser o assunto de muitas das minhas conversas, muitas das minhas preocupações e, sobretudo, muito do meu tempo. Talvez seja esse mesmo meu tema de monografia. O único problema é que eu já tomei pra mim muitas das lições que esse tema pode dar. Teria apenas que aprofundar a pesquisa. E eu não nasci para fazer alguma coisa, apenas para ver o que os outros fazem.

Quem sabe então entender quando os jornais agem como suas próprias assessorias de imprensa?! São tantas idéias de uma ciência que não se assume como tal; de estudiosos que dizem nada entender.
Nadólogos....

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Eu não sei o que vai ser. E nem como deve ser. Apenas uma sequência de possibilidades que não dependem de mim.

Mas calma, eu vi golfinhos.O ano novo veio como vinha na infância, família reunida aos gritos e risadas. Não a minha, mas reuni meus amados. Fui herói, fui terrorista e senti muita azia. Praia, bela-vista.
E os golfinhos.

Às vezes eu penso que janeiroé um mês importante que define muita coisa. Eu sei que nada mais que é um aglomerado de dias organizado dessa maneira.Eu queria apenas uma lista de nomes na minha vida. O que fica, o que vem, o que volta.

Foi a melhor virada de ano. Mais detalhes em http://soltandoumas.blogspot.com
Saudações à Sabrina Lima: valeu pelo remédio!
Em 2005, eu...
...vou ver o Fortaleza na primeira divisão do campeonato brasileiro
...vou tentar me formar
...vou ter que me dedicar a monografia
...vou ter que ter decisões profissionais
...vou terminar a casa de cultura francesa
...vou ler mais 4 números da revista força áerea
...vou acompanhar a desativação dos Mirage III na FAB
...vou finalmente conhecer o selecionado no programa FX
...vou ler mais literatura
...vou voltar a fazer academia
...vou continuar fazendo coisinhas de 2004
...vou entender mais uma vez que esses anos são uma coisa só
...vou ter 21 anos