segunda-feira, novembro 27, 2006



Que, se não há Deus, não consigo explicar. Motivo do rosto parado, já sem sono, mas sem vontade de levantar um dedo. Só os olhos.

Que é alívio, prazer, contentação; mas pode ser dor, confusão, dor de cabeça e uma vontade danada de sumir. Não, não é sumir. Não existir. Que, se não há um Deus, pelo menos existe. E se não há nem ele nem ela, a curva ficaria apertada.

Nasce o pôr do sol e não vejo. E uma só palavra me faz um deus, ou demônio. Corpo flutuante na água salgada ou pés velozes na areia da praia. Que faz a integridade ser pó só para depois juntar cada um dos pedaços. Que dá a incompletude para ser complemento; ausência pela razão de existir.

Meu amor que é como um aspirador de pó.
E todos as demais coisas.

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