Acho que isso explica um pouco a longevidade. De... De tão simplesmente gostar. De ouvir e achar agradável, depois tatear outras músicas e esquecer por algumas semanas que existe.
E volta. E, quando volta, não ficar com aquele pensamento meio inocente que a gente pode trocar de sonho 10 vezes em um ano, mas quando uma banda troca de formação é porque não tem identidade.
Não interessa se toca na rádio ou se estou em 1986: vou ouvir mesmo assim. E pouco importa se os supostos fãs ao meu lado se comportam como torcida organizada: eles gostam ao seu jeito. Mesmo que seja um gosto superficial, um gosto que vem forte, que envolve cabelo, olhar, grito e histeria. E vai tão rápido quanto vem.
Ali do lado eu, já parecendo um velho, sorrio com a letra que os outros se enfurecem em não saber cantar. Sem mesmo pensar que existiram fãs especiais; lembrando que aquela música está ali para todos. E não é todo mundo que sabe que vão voltar quando gritam pela volta. Não tenho porque me preocupar com contradição quando ela é tão bem aceita.
"O que nos dá coragem
não é o mar, nem o abismo
é a margem no limite
de sua negação"
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