quarta-feira, maio 30, 2007
O mais difícil é a volta. Já sabendo melhor o caminho, acelero um pouco mais, uso muito a sinaleira e quando vou pensando em ficar cansado, chegamos. De cara, quer dizer, bem no meio dela, é o nariz que nota a diferença do ar. Mais cinza, menos leve.
Há tantas pessoas nas ruas, as árvores, de absolutas, viram exceção. Quando tem água, vem entre concreto, e fede. Fede feito o asfalto, fede feito as pessoas no ônibus, fede feito a comida do self-service que, aposto, tem um monstro do outro lado.
Lá é diferente. Imagino um alguém com aquele chapéu bem bonito, branquinho, preparando aquela bolonhesa maravilhosa como quem passou o dia inteiro esperando o momento de me servir. A estrada, quando tem tinta sobre piso cinza, tem também laterais verdes e vivas. E mesmo que não queira, o dia começa cedo, então abro o zíper e lá está, o riacho, a poucos metros do travesseiro.
Mas como eu disse, o difícil é voltar. Descarrego as fotos, guardo as roupas que ficaram limpas, penso em uma ou outra frase. Conto quanto sobrou. Dia seguinte, seria vez de acordar cedo. Mas é difícil.
Eu preciso voltar.
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Um comentário:
meu pensador lindo!
o zíper pra proteger dos mosquitos, a ponte divertida, a espera de um tranzeunte pra tirar uma foto de dois, e a procura das pilhas, para a foto mais linda - essa aí.
valeu a pena a correria. tudo valeu a pena. valeu a pena descobrir do outro lado do rio que as pilhas estavam - o tempo todo - com você.
beijos tantos!
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