Vez por outra vou lá. De um lado, onde se corria, na época em que educação física era chamada "recreação". Via sacos girarem, folhas e os padres com seus carros. Do outro, as quermesses da adolescência, quando já não quis ir.
Pois aí em cima - alguns anos depois da foto, claro - aprendi o gosto da hóstia, o cheiro da cinza, como se diz adeus às almas e perdi a fé. Entre frases pré-ensaiadas "aceito, aceito, aceito", sem saber a pergunta, decidi que o ruim não é acreditar na falta de lógica, é ser rebanho.
Mas não a deixei para trás. Vez por outra, desço um pouco antes do ponto de ônibus, e fico ali a olhar. Vejo uma empresa lucrativa, vejo as lembranças, vejo um bairro que amo crescendo ao redor.
Vez por outra.
quinta-feira, maio 24, 2007
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