"Eu conto as horas que passam
Eu conto estrelas no céu
Na solidão das noites sem graça
Nos quartos de hotel
como se chama essa cidade?
como se chama atenção?
De uma cidade que dorme
Enquanto a gente, infelizmente, não?"
Comecei o ano morando em um hotel. Já tinha casa, mas ainda estava lá. Mudei-me só no dia 23 de janeiro. Bem me lembro: um colchão no plástico, um fogão na caixa. Nada mais. Um sinal wireless aberto. Nada mais.
Noites vazias e quartos de hotel continuariam. Foram 83 dias. Oitenta e três longos dias longe de Brasília. Dias corridos, do norte ao sul do país. E até fora dele. Jogado em um cobertor imundo em uma terra distante que tremia. Calorento na selva. Isolado em grandes cidades.
Mas também tive dias bons longe daqui. Até o fim do ano, vão ser 33. Praia, pai, mãe, pizzas conhecidas e lembranças. Também uma ida à cidade perto. Ainda prefiro Guaramiranga.
Viajei muito esse ano. Ainda bem. Apesar de tudo, gostei.
Sempre foi bom o retorno. Sempre olharei emocionado pela janela. Ou até quando não tinha. Voei 70 vezes, de acordo com a lista precisa que já precisa de mais folhas na agenda. Desconsiderei uns voos de transporte de alimentos. Mas lembro de cada um deles. De Blackhawk. De Legacy. De Super Tucano! Até TAM, Gol, Passaredo, Avianca, Webjet. De UTI aérea.
Ali, onde posso ver que o céu tem muitos tons de azul.
sábado, dezembro 25, 2010
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