Quando eu tinha 20 anos, Noblat era Bíbilia. Havia quatro tipos de jornalistas: os raros, que escreviam bem e apuravam bem; os que escreviam bem, mas apuravam mal; os que apuravam bem, mas escreviam mal; e as "grandes figuras humanas".
Hoje, não há quatro tipos de jornalistas. Hoje, hão jornalistas. Assim mesmo, no verbo mal conjulgado. Alguns com diploma, outras sem. Hão.
Frases mal escritas, nenhuma linha de pesquisa, como é mesmo o nome do oceano que separa a França do Brasil?! Hão. Moças de brinco que brilham, homens de óculos grandes. Hão.
Não há mais filosofias, vontades, ideologias. Hão frases fáceis e reclamações. Hoje eu vejo muito mais que um tipo. Nem sequer são grandes figuras.
Hão.
quinta-feira, dezembro 16, 2010
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