quinta-feira, março 31, 2005
terça-feira, março 22, 2005
quarta-feira, março 16, 2005
Sorrio, suspiro, olho nos olhos e comento:
-A resposta vai te ofender... eu sou ateu.
-Mas acredita em oração?!
-Não.
Ele sorri, guarda o produto que ia me oferecer e andamos para lados opostos.
O diálogo, agora há pouco, é raro. Ou olham com desprezo, ou com cara de judas - que finje ser santo mas quer te ver no inferno. Mas domingo mal dormi. A mais importante ponderação do filme tão bom.
"Você acha que 95% da população está sofrendo de uma ilusão coletiva?!"
O ateu poderia ser acusado de tentar ser especial. Que nem os garotos de cabelo roxo, all-star vermelho-com-detalhes-verde-limão ou livros debaixo do braço mesmo com uma mochila nas costas. Mas por pensar nessas questões, o medo de ser só um cristão que grita, pega-se sendo mais espirituoso que a grande maioria deles...
E não gasta dinheiro com oração.
sexta-feira, março 11, 2005
quarta-feira, março 09, 2005
mas nós estamos por aí
a fim de sobreviver
como um avião sobrevoa
a cidade em chamas"
São nomes em agendas; são contatos, fontes. Cada um em seu lugar para ver o que acontece. Com um salário no fim do mês, e, no fim das contas, a vida vivida cada mês. De olho no final dos contratos.
E mandam currículos, e torcem os dedos e esperam a assinatura para ter o próximo semestre garatindo com luzes, gostos e despreocupação com contas.
Se der certo, uma mudança de afarezes nos próximos meses...
"no meio da confusão
andando sem direção
a fim de sobreviver
só pra ver como brilha
a cidade em chamas
a cidade em chamas"
sábado, março 05, 2005
"alguma coisa ficou pra trás, antigamente eu sabia exatamente o que fazer"
Luan, 2 anos. Irmão, 25. Mãe, 55.
O primeiro agora desfila com belos tênis do homem aranha. O segundo passou a semana jogando videogame, e dificilmente pretende fazer algo diferente. A terceira eu abracei hoje dizendo que já é idosa. E dei um vestido que não vai servir nem como blusa.
E mais de vinte anos depois daquela barriga ter sido maior por conta de mim, eu quero sair de casa só para o descanso dela.
"eu já não esquento a cabeça, durante muito tempo isso era só o que eu podia fazer. Mas, ei mãe, por mais que a gente cresça, há sempre alguma coisa que a gente não consegue entender"
"alguma coisa ficou pra trás, antigamente eu sabia exatamente o que fazer"
Luan, 2 anos. Irmão, 25. Mãe, 55.
O primeiro agora desfila com belos tênis do homem aranha. O segundo passou a semana jogando videogame, e dificilmente pretende fazer algo diferente. A terceira eu abracei hoje dizendo que já é idosa. E dei um vestido que não vai servir nem como blusa.
E mais de vinte anos depois daquela barriga ter sido maior por conta de mim, eu quero sair de casa só para o descanso dela.
"eu já não esquento a cabeça, durante muito tempo isso era só o que eu podia fazer. Mas, ei mãe, por mais que a gente cresça, há sempre alguma coisa que a gente não consegue entender"
sexta-feira, março 04, 2005
Eu queria ter começado no tempo da máquina de escrever. Somente para ter uma foto minha bem antiga, em preto&branco, com alguma roupa esquisita e escrevendo uma reportagem antiga sobre o que já é história.
Quem sabe até poder dizer que elogiei muito o tal fulano de tal que já morreu e dizer que fiz assim assim e assim para conseguir tal matéria, mas que isso não é mais possível hoje em dia.
Eu queria já ser antigo, lembrar de um tempo em que o jornalismo realmente existia, dizer uma ou duas palavras de sapiência aos mais jovens e voltar, concentrado, a uma arte que apetece-me.
...tec tec tec tec