sexta-feira, março 30, 2007

Desde novembro. Antes disso, julho. E, em ambas, foi um jura de "só hoje", porque, afinal, o Luis estava em Fortaleza.

Fora esses dias, só o Reveillon. Claro: este precisa de meia noite. Mas fora esse tal 31 de dezembro, nenhum outro.

Se passou das 10, melhor dormir.

E, sem ser um cara medroso, vou me redendo ao medo.
"graceful swans of never topple to the earth
and you can make it last, forever you
you can make it last, forever you
and for a moment i lose myself
wrapped up in the pleasures of the world"

E obrigado por ter me feito conhecer esta música.

quinta-feira, março 22, 2007

Adoraria não conhecer o futebol. Que quando me perguntassem "o que é isso?", eu respondesse que achava que era uma modalidade de badmington. Isso porque, conhecer este esporte maluco que te faz sentir do topo à fossa nos poucos metros entre uma bola e o gol, significa amá-lo.

Não dá para ser indiferente, não é surpresa que movimente torcidas, movimente pessoas, seja paixão, vida, bandeiras, motivos. E gostar de futebol é sinônimo de ter um coração com cores, sejam elas tricolores, alvinegras, alviverdes, rubronegras, multicoliridas ou até monocromáticas. Esperar ver aquilo como número é como ter um alguém e trocar por um radiador furado.

Mas me arrependo. Sempre me arrependo lá para os 35 do segundo tempo. Aquela sensação desconcertante, aquela luta interna, "calma, amanhã é mais um dia e minha vida não vai mudar", "Corre logo seu saco de batata! Não vê que dá para traçar cinco, cruzar e ainda correr para fazer de cabeça?", lógica, ilógica. Eu chutaria no canto, eu correria todo aquele campo, eu que nem sei ver direito, eu que canso.

Esse esporte maluco que se for pênalti dentro dos 90 minutos já é pulo, cantoria e abraço em um desconhecido; mas se for decisão por pênaltis cada um deles parece o fim do mundo. Uma bola, linhas, alguns heróis - mesmo que estejam com preguiça e tenham bebido no mesmo dia - e um bando de bestas enlouquecendo do lado de lá do alambrado, sem nem ver direito.

Eu queria não gostar de futebol.
Eu queria não ter um time.

Mas, se der, sábado estarei fingindo, mais uma vez, que todo este tempo aqui fora é só um lapso até os próximos dois tempos.

sábado, março 17, 2007

"-O Carl achou nossas fotos lindas"

Mais dois dessalinizadores, uma política pública, detalhes das tecnologias apropriadas e uma versão "de luxo" da apresentação do programa, já com resultados, umas histórias de sucesso, uma edição bem feita e fotos perfeitas.

Opa! Isso vai ser bom de fazer.

Quais os dias que tenho aula à noite?! Neste, neste, neste, na Unifor. Lá atrasa, tem contratempos e vez por outra folga muito longa. Pelo menos, leio tudo e mais além. Naquele, no outro, e na próxima, na Assembléia.

Fui até de blusa social, mas sorri do mesmo jeito quando descobri que o coffe-break não era só pro primeiro dia, e sim para todos. Quarta, os paranaenses. Terminei a SUPER do mês, vamos à ASAS. Mais um artigo do livro?! Consigo no feriado. Tem que ser neste, porque no próximo, u-hu, Jeri.

Eu vou, eu vou, pra Jeri, eu vou, eu vou....

E o filme desta sexta, qual vai ser?

Cheguei em casa sorrindo. Cabelos molhados e o seu madrugada, da blusa, querendo ser amassado por outro corpo. Agora, almoço. Nem do Tilápia, nem do Delícias, nem dona Regina, é da mãe. Passar esses arquivos, gravar aqueles CD's.

(Il faut que je fasse tous ces choses, je dois être hereux, besoin d'un ou deux jour pour nous. Envie de la vie. Tout droit, avant, allons-y)

segunda-feira, março 12, 2007

Essas palavras não têm nada demais.
Não são poéticas, não são precisas. Não marcam.
E ainda se repetem. Repetem. Repetem.


Nem são especiais. Mas quem as lê, certamente, o é. Alguns vêm perdidos do google, outros já direto. Nem sei o que querem, nem o que pensam.

Mas são poucos. Felizmente, sei de onde são. Alguém em Pedra Azul gosta de mim. Pedra Azul?! Gostei da pesquisa. Trouxe uma palavra adorável: jequitinhonha. Se fosse comestível, certamente eu quereria mastigar jequitinhonha vendo um jogo.

Ou chamar meu amor pro canto pra fazer uma jequitinhonhazinha. Com jeitinho. Palavra engraçada. Só vou ter pena de quem me lê de Beijing e de Hangzhou.

Só me resta dizer:

xiè xiè

(E eu achando que "jequitinhonha" era coisa engraçada)

sexta-feira, março 09, 2007


Um pouco de concreto.
E alguma chuva.


E mais um Boeing, do idle ao full, deixou a cidade mais vazia.



E ainda diz que tem problemas.


Ousa pensar que eu não espero a sexta-feira como quem pede um copo d'água depois de sei lá o quê. E, tão linda, reclama que o cabelo tá arrupiado. Melhor assim, melhor livre, caindo sobre os olhos

E diz que tem problema de pele. Onde?! Eu pelo menos não vejo. Toma leite sem poder, não sente sono nem às seis da matina, bate o pé antes de dormir. Sons, ruídos, barulhos estranhos. Até bons.

Se fica chata, ai de todos, ai de mim. Perdeu a graça, pouco importa se o sol vai se pôr denovo: acabou-se o mundo. Mas é só inventar algo. Uma máquina, uma piada, artimanhas para frescar com a cara: "ih, já tá rindo de novo".

E sorri para pose posada. E até quando a foto dá errada dá tudo certo.

Sexta-feira

terça-feira, março 06, 2007

Uma carteira sozinha no asfalto. E Reais ainda dentro. Peguei e corri, levantando acima da cabeça como quem ganhou um troféu. Um pulo de alegria. Gloriosa vitória de voltar ao status quo, era a minha,

Não teria como ir para o aniversário. Semana de aula, chegando em casa após as 22h, dificilmente conseguiria algo além de um pedaço de bolo. Azar. Mas aquele carro ainda poderia ficar comigo. Sorte.

No caminho, POW! "Eu só fiz mexer na minha bolsa" não é desculpa, querida. Que pena! Levanto rápido, olho: nem um amassado, nem um arranhão. Ah, tudo bem, não foi nada, vamos embora. Já estou quase atrasado para a aula, e que bom que não teve problema.

Passa um sinal. Passa outro. Oh não! A minha carteira?! Onde está?! 9 reais. Pouco importava. Cartão. Identidade. Carteira de motorista. Foto bonitinha. Passe card (esse sim, importantíssimo!).

Volta! Nervos, veia subindo pela testa, sangue descendo para os pés, garganta seca. Maldito, maldito! Rebuliço. Luz acesa. Não está aqui. Estava no colo! Foi ao chão, foi ao chão!

Corro. Se rápido, poderia não ver no escuro. Se lento, poderiam pegar na minha frente. Mas vi. Vou jogar na lotaria! Até as moedas, até as moedas!

Ir em frente. E acabou que não teve aula. Mas tive sorte, de acabar a noite num colo.

quinta-feira, março 01, 2007

Quem diria?! Um ano. Não haveria porque não, mas quem diria?!
365 dias.

Liberdade para escolher a cor da embalagem, pensamento futuro no fim de cada mês, desafio virar fichinha. Planos distantes, tão perto.

É só um ano, mas hoje eu vou caminhar quando sair daqui pensando como se tivessem sido uns 10. E lá em casa?!
Fazer bandeira desses trapos, devorar, concreto e asfalto

Casa, casa...