segunda-feira, fevereiro 18, 2008

"We're just two lost souls swimming in a fish bowl,
year after year,
Running over the same old ground.
What have you found?
The same old fears.

Wish you were here."

(E o "agora", aos poucos, é cada vez mais "memória")

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Queijo Coalho.

Nunca fiz muita questão de queijo coalho. É gostoso, no baião, com carne de sol, ou frito na chapa. Mas é que é mais ou menos como se o pão do sanduíche da lanchonete tem gergelim ou não. Se tiver, beleza, bonitinho, -obrigado, deve fazer bem. Se não, eu nem sinto falta.

Sentir faltar. Eis a questão. Dos oito ingredientes a serem escolhidos para acompanhar o macarrão maravilhoso, com molho branco e no azeite, -por favor, eu não podia pedir queijo coalho. Já tinha até visto no papel: -Olha, aqui não tem queijo coalho. Mas nada!

-Quais os ingredientes, senhor?!
-Queijo coalho!
-Infelizmente não temos. Quais seriam, então?!

Pedi queijo coalho. Que estranho! E, mais tarde e tantos quilômetros depois, onde sumiu o chiado e surgiu a letra E com acento circunflexo dita com todo cuidado, ê ê ê, polenta frita se tornou só uma experiência comparativa com sua prima distante, aquela tal de macaxeira.

Ainda fico com pizza. Que presta, até longe. Mais longe que o Sendas. Mais longe que os Mercadoramas escondidos atrás dos shoppings. Terras tão distantes que fazem o "Nordestão", mesmo sem ser o Extra da Parangaba, ter cheiro de casa.

Eu explico porque ainda prefiro pizza. Se já era longe, ficou mais ainda depois daquela ponte-caos, onde "ser daqui" já não era sinônimo de "Fortaleza", e sim, simplesmente, de ter Reais, quem diria, valorizadíssimos, nos bolsos. Naquela terra onde a gente pára e duvida até da autenticidade do ar que respira, e "Americanas" não é "Lojas Americanas", e sim "Casa Americana". Ali, por sorte, um pedaço de pizza, com preço em Guarany, até que foi uma boa pedida.

Eu vi o Museu Aeroespacial, vi o Pão de Açúcar, vi um lindo Jardim Botânico, quer dizer, dois, vi um bela cidade num mar de morros tão próximo do mar de água, compri promessa de levar até o telefone onde antes tive saudade, vi passeio de trem, vi casa do Rei. Também vi a beleza de gigantescas cataratas naturais e a beleza do concreto de uma gigante com cachoeiras que dão luz.

Mas na redação “Minhas Férias” deste ano, eu queria dizer que o que eu aprendi foi que se eu estou em casa, eu quero queijo coalho. Mas se eu estiver longe, até depois das placas de carro serem como eu conheço, pizza é a solução. Sempre gostosa, com queijo, umas calabresas e HumMMmMmmm.... Orégano!