sábado, abril 18, 2009



O dia mais bonito da minha vida, até agora.

E digo - até agora - porque espero mais. Espero, quero e vou. Como essa foto - sonho meio louco - se tornou tão real. Como o sorriso do almoço pronto, louças lavadas e a espera dela chegar.

Quando sonhávamos com a nossa futura casinha. Quando sonhava em vê-la com o horizonte como fachada. Quando o rosto vermelho na água era vontade, só vontade.

Realidade. Dos sorvetes simples para cobrir horas em batente longe do ar-condicionado, do banquinho na história, da ponte, dos meio-dia de sábado com longa fila pro cinema barato, de quando nada podíamos fazer, bastava estar junto. E só assim se vai bem além. Bem além.

E aqui escuto o CD3 da playlist que fiz - e só nós ouvimos. E ouço infinitamente, infinitamente, infinitamente. Com acordes de muitos anos e pensamentos para tantos outros.


(Deixa eu ainda tentar acreditar. Eu casei em um barco. De chinela. Minha noiva estava linda. De all-star. A cerimônia foi no mar. Não teve dogma. Teve amor. Não teve machismo. Teve juíza. Não teve trufa. Teve frutas. Perfeito. Perfeito. Perfeito.)

quinta-feira, abril 16, 2009

Bato e assopro. Ser sozinho o policial-bom e o policial-ruim, feito piada da Pantera Cor de Rosa.

Se antes faltava um urro, andei soltando uivos de alegria praticamente de quinze em quinze dias. Sim, eu estou realizando meus sonhos. Sim, eu estou realizando os sonhos dela. Sim, ela casou de all-star num barco. Eu, de chinelas.


Vou para o jogo e deixo para bater as fotos hoje. Baterei as fotos, me desfazerei de coisas, arrumarei outras. São aqueles planos distantes cada vez mais perto e, enquanto mais perto, mais percebo que o hoje já é maravilhoso. Maravilhoso estado de espírito de um acordado tão bom de onde não quero acordar.

Mas e quando o estado de espírito foi realmente mudar?! Mudar de estado?!

Me vem o sorriso de quem diz "legal" quando a gente diz que vai fazer algo um dia. E um cálculo de quantas blusas brancas em duas semanas.

segunda-feira, abril 13, 2009

Que chover hoje não faça esquecer que essa é a "Terra da Luz". Iluminação que vem do sol, é verdade, mas que recebeu homenagem pelas mãos libertas e luzes de idéias que quando veem nos mudam. De limites tão vistos como a linha do mar.

Vou. Vou desta que me despeço. Entre longas caminhadas por uma toalha de mesa bordada, regadas à vento e vista. Entre longas programações e poucas horas somente para estar em casa. Em devolver filme não visto, e sorrir por isso.

E, sem vontade nenhuma de acordar de um acordado tão idílico, penso em levar um pouco dela - que hoje aniversaria - para onde quer que eu vá. Seja onde for, não serei só. Seja onde for, sei que essas últimas semanas foram maravilhosas.

Seja onde for, eternamente o nome ao lado dos dias do meu nascer. Seja onde for, nunca desta longe da luz.

segunda-feira, abril 06, 2009

Se creio que a vida é um sopro, que sopre forte como o vento da praia. Se o sonho que parecia distante pode se fazer real, que corramos, lutemos e façamos o que for possível.

-Sim, nós fizemos.
-Sim, nós conseguimos!

Realização de escolher do patê de dentro do pão às frases das fotos entre flores no barco branco que agora, sei que pra mim e pra tantos outros, é sinônimo de felicidade. Escolher juntos. Organizar juntos. Ser feliz em plural.

E se o véu da noiva rasga, ela fica mais bela só com a coroa. E se o motor do barco quebra, ficar parado foi melhor para os convidados. E se havia qualquer medo, ele se desfez sob o sol sem chuva e a mais bela visão.

Não falo da praia. Não falo do barco. Não apenas de reunir poucas, mas maravilhosas pessoas, em um dia realmente especial. A bela visão foi ver todos calados, parados, como quem espera um ano chegar, como quem sabe que o melhor vai chegar, olhando o barquinho chegar devagar trazendo ali o melhor sorriso do mundo.

-Sim, nós fizemos!
-Sim, nós conseguimos!

-Sim.
-Sim.

E tá consumado.