sábado, junho 30, 2012

Última noite aos 27. Idade que um dia significava ser adulto. 
Penso na minha mãe. Se quero passar dos 70, é certeza da maior parte da vida ser essa ausência.
Estranho.


Passei anos com pena dos futuros filhos do meu irmão. Agora, o primeiro vem aí. Penso sempre, não sei por quê, como ela. Agora que ela vem, parece a hora certa. Fico feliz como nunca pensei que ficaria.
Estranho. Que bom.


Minha professora de espanhol ri de uma piada minha e diz que surpreende. "Quem vê pensa logo que é um homem tão sério". 
Estranho. Mas deve ser só o excesso de faltas.

segunda-feira, junho 25, 2012


Rio dos meus pesadelos, mas eles me pesam do mesmo jeito. Enganam-se em tempo, mas ensinam que dor ignora tempo. Ela se oculta, não some, fica em segundo plano, não passa. 


Rio do meu dia a dia, sorvo manhãs, degusto noites e aproveito o calendário. Faço do viver a prática da teoria dual. 


Comparo vidas, ainda comparo, confesso. Perco conceitos de vir a ser; concluo o estável devir atônito como reles hebriedade. Vejo-nos como poucos. Os raros. Os mesmos.


Eis.