segunda-feira, fevereiro 18, 2013


Há vários referenciais teóricos para a Paternidade:

As teorias Liberais dizem que você não precisa cuidar do seu filho. Uma "Mão Invisível" vai trocar as fraldas, e tudo certo. Aliás, segundo essa corrente, seu filho vai vir, ou não, dependendo da auto-regulação da sua vida familiar.

Já as Teorias Críticas, ou Marxistas, dizem que a gravidez é um processo de hegemonia de uma minoria sobre uma maioria de espermatozóides que não tiveram a oportunidade de fecundar o óvulo. A solução é encontrar vários óvulos para todos os espermatozóides, daí a oposição radical da Igreja.

Em paralelo, a corrente Realista estabelece que a Paternidade é a hora de trabalhar mais para ganhar mais dinheiro para sustentar o futuro herdeiro. Não tem problema se ele te odiar futuramente por isso.

Para os Construtivistas, a criança só dá trabalho se você estiver olhando. Fechar os olhos faria o problema inexistir. Essa corrente foi abolida pela invenção do choro infantil.

Para o Feminismo, caso o feto seja homem, esta é a única oportunidade em toda a vida de estar coberto de razão. Na realidade, envolto na razão. Dentro da razão.

Para o Machismo, não há muita escolha na gestação. De acordo com a obra The Dictador (BARON CARTER, 2012), "it's a boy or it's an abortion".

A correne Estruturalista diz que o bebê não é o bebê. É a dor de cabeça significante do choro que traduz o bebê. Ninguém até agora compreendeu exatamente o que isso significa.

O Empirismo é bem empírico. Você aperta o corpinho. Se chorar, é um bebê. Se você levar uma tapa, é porque a mãe está por perto.