domingo, abril 30, 2006



"Gostaria, querida,

De ser inesperado
Como uma madrugada amanhecendo
À noite
E engraçado, também,
Como um pato num trem"


Sou um menino homem. E me agrada. Envelheço a cada dia, em frases sobre responsabilidade, em tratamentos de "senhor". Estes, sempre quando ainda não viram minha cara.

Quilômetros para cá, para lá. Conversas para conhecer. Trabalho duro às 8 da noite de uma sexta-feira véspera de feriadão, mas futebol agradável na manhã seguinte. E ainda sou o mesmo. Ruim, levando bolada na cara, e saindo de campo quase morrendo.

Alguns dias fora. Saudades de dormir. Abraçado, ao lençol. Bermuda bem escolhida. E fiquei ainda uma hora e meia preso no engarrafamento do MST! Fotos, sorrisos. Eu sou jornalista, eu sou jornalista, seu moço, sim, eu sou jornalista!

E descanso no final de semana com todo o prazer do mundo.
Pequenos sonhos de consumo.
Algumas contas pagas...
...com a costumeira "resistência".


sexta-feira, abril 21, 2006

Não importa se são 50, 500, 5000, 50.000; a saudade é a mesma.
E não é de gente, nem de pele, suor, perfume, saia, bocejo.
Não há leitura melhor que "Bem vindo a Fortaleza"

São as ruas. São os caminhos. São as linhas de ônibus. São estranhas as placas que não começam com H. HVT. HXT. HQV. Do modo que for. MXZ? Não me faz sentir em casa.

É bom olhar para uma avenida, lembrar da mesma vista quando pequeno; saber onde ela vai dar, mesmo que não tenha muito porque ir. Nomes das ruas. Bairros. Pessoas. Aquele prédio, aquele prédio. A praça. A sorveteria. Lembranças.

E o nosso mar, sem dúvida, é mais bonito que qualquer um.
A nossa lua também.

sábado, abril 15, 2006

Não é bem que seja medo.
Tá, é medo.

Você sabe que vem. Só resta segurar, preparar, virar a parte do corpo que julga mais resistente para o impacto. As pernas são fortes, mas ainda as quero.. As costas? Não... posso perder movimentos. Braços, HuM... muito fracos. Cabeça, não... É, não há nada que possa entregar ao sangue.

Sim, dá medo. Vai doer. Será cruel. Mesmo que do impacto venha céu livre, liberdade, sorriso, vontades...

Eu tento fugir do medo. Tentar. E toda vez que te tento, te mato com milhares de atentados...

"Eu queria ter uma bomba
Um flit paralizante qualquer
Pra poder me livrar
Do prático efeito
Das tuas frases feitas
Das tuas noites perfeitas"

Faz calor, depois faz frio.

terça-feira, abril 11, 2006

(...)
.
(...)
.
(...)
.
(...)
.

Eu, em minhas próprias "interpolações parentéticas"....


Aproveitar para dizer quem nem sempre o vencedor venceu. Às vezes, foi o perdedor que deixou de ganhar.

terça-feira, abril 04, 2006

Tem mais botões que tinham antes, e andar, muitas vezes, já nem tem impulso a cada pisada. Agenda, duas. Cartão. Mais de uma caneta. Régua, durex, clipes, grampeador.

Eu nunca precisei tanto de grampeador.

E-mail, em separado. Ficaria loucos, com tantos para olhar. Às vezes, duas ou três coisas ao mesmo tempo. E a blusa tem botão. Calma, amanhã não posso. Reunião, uma hora, duas ou três. E as camisetas demoram muito para ir da esquerda para direita, segundo a organização do meu guarda-roupa...

Organização. Dias 17, 18 e 19 estarei fora. Ih, droga, amanhã também terei que estar. Isso vai para depois, aquilo deixa espremido. Saudades do meu bronzeado especial: a fita da chinela no pé. E tem um imposto, tem uma dedução, mas ainda assim sorri com o número final.

Confesso: mais feliz com o vale-transporte, que nem contava. Aproveitei e escolhi uma azul de tecido sintético. São mais de seis botões. É demais! Vez por outra, "senhor" vem antes do meu nome.

Mas na hora de ir embora, eu ainda prefiro simplesmente andar....