sexta-feira, março 31, 2006



Pode não fazer sentido. E nem servir para nada.
Pode não ter razão, ou muitas outras bem mais importantes. Pode ser longe, pode ser inalcançável. Pode ser fatigante, pode ser decepcionante. Pode não ser nada do que precise ter sentido. Pode não resolver absolutamente nada. Pode não ser nada. E, na verdade, na maior parte não há nada. Só esperança.

domingo, março 26, 2006

"Se eu fosse um cara diferente, sabe lá como eu seria"

Mudam os tempos. O endereço. A direção como companheira solitária do fim do sábado à noite. Sinal vermelho adiante. Tirar o pé. Ponto morto. Morto!

E o mesmo pensamento. De todos os dias. De todos os meses. De todos esses anos. Se não fosse assim, como seria? Choveu. Eu permaneci sentado. Toalha bem colocada; nada molharia. Mas não me importo. Água por todos os lados. Chuva, vento, lágrimas e saliva.

Alívio? Alívio entre 90 e 200 minutos. Rindo, chorando, brincando. Alívio. Um diretor, um roterista e um produtor, sem querer, levando para longe. Para bem longe dela, da mesma boba e certamente única grande pergunta...

Como seria?

(E a insônia, minha dama, é fiel companheira de todo o sempre)

quarta-feira, março 22, 2006

Cecilia me leu isso na última sexta-feira....

"É, duzíodo... Jornalista formado! E, diga-se de passagem, com dez na monografia e emprego bom antes mesmo de colar grau. E quem não mal-disse da sua caligrafia?! E mais, quem diria que você seria mesmo um profissional dessa área? Ora, logo você, uma criança autista por opção, dedicava-se mesmo na infância somente aos seus Lego's e aviões imaginários. Creio que juntar uma caneta Bic e uma régua fôra uma de suas mais valiosas descobertas.


Mais tarde ainda, entertia-se com leituras investigativas de Agatha Christie e Sidney Sheldon. Ah, vale ainda lembrar de tamanha dedicação em decorar o mapa de Fortaleza a partir da lista telefônica. No mais, o Almanaque Abril também acompanhou mesmo sem a renovação dos anos.

Com esse histórico, não é estranho o espanto que tivemos quando as inscrições para os vestibulares foram administração e jornalismo. Com sucesso nos dois concursos prestados, lembro que eu mesma quase fiz uma promessa para você desistir da administração. Pois bem, imaginávamos um arquiteto, um detetive, um piloto ou até mesmo um engenheiro para tecnologias em aviação, mas, enfim, a única certeza que todos tínhamos é que você teria sucesso em qualquer caminho trilhado. Impossível que o "luizim" do CSTA não continuassem brilhando em seus caminhos.

Desejo mais sucesso e força na nova etapa que inicia. E como sou palpiteira mesmo, não abandone a vida acadêmica. Espero que tenha gostado do mural de fotos e o que grito que eu leve não seja tão alto. E, no fund, você sabe muito bem porque eu fiz cada uma dessas coisas. Não é porque dia 17 é mais próximo que dia 2, você sabe do que estou falando."

segunda-feira, março 20, 2006



"Hoje os ventos do destino
começaram a soprar
nosso tempo de menino
foi ficando prá trás

Com a força de um moinho
que trabalha devagar
vai buscar o teu caminho
nunca olha para trás

Hoje o tempo escorre
dos dedos de nossa mão
e ele não devolve
o tempo perdido em vão"

sexta-feira, março 17, 2006

Sim, hoje é minha formatura.
E só se forma uma vez na vida (geralmente).

Então quer dizer que ontem foi a última noite que eu tive com uma beca guardadinha lá em casa.
Última chance de ser...

Neo.




E padre.

segunda-feira, março 13, 2006

Sorrir por glória, sorrir sem jeito, sorrir por mostrar os dentes. Até logo após o almoço.
Imaginar que pulo vira vôo, abraço para se fazer um só ser. Eu vi teus olhos nos meus. Pele abrindo, entranhas se entrelaçando, um só fígado, um só pulso, um só ritmo de oxigênio, dióxido de carbono, monóxido. Ah sim, também monóxido, que se terá um fim.

Hoje eu vou ver se caminho 50 minutos novamente. Carros, árvores, asfalto, pulso, suor. Fumaça, segurar o bolso com o braço já pronto para o golpe. Nunca precisar usá-lo. Sorrir. Sorrir. Sorrir. Pulo que vira vôo. Um dia chego na tua casa. Correr sem rumo até chegar no mar, molhar os cabelos e rolar nas ondas como uma rolha.

E aquela garrafa de champanhe. E aquela garrafa de champanhe! Champanhe, senhoras e senhores! Eu quero taça, eu quero beber, e rir fácil e falar coisas sem sentido, meio caindo de lado. Pulando achando que pulo vira vôo, correndo sem rumo e com os cabelos molhados feito água do mar. Entranhas, entranhas, entranhas! Estranhas, de modo algum! Conhecidas, benditas! Entrando, entranhas. Eu não bebo álcool.

Mas tenho o suor na testa. Eu vi teus olhos nos meus. Pulo que vira vôo, champanhe que vira água do mar, ondas de suor, caminhar dentro d'água, beber suor, tomar banho nas entranhas. Ficar bebâdo do sorriso, de boca aberta, sem jeito, sorrindo, logo após o almoço, vôo que vira pulo. E aquele champanhe, e aquele champanhe, e aquele champanhe!

Eu vi teus olhos nos meus. Feliz oxigênio.
E agora, vamos às entranhas? Tem champanhe...

"How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here"

quinta-feira, março 09, 2006

Páginas viradas que mudam quem sou. Ainda tenho 21 anos, mas dizem que até cresci.

Sei quem eu amo, e sei quem gosta de mim. Em uma sala fria, um 10, pessoas queridas e um alívio. Alegria. Sem vontade nenhuma de dar um adeus sequer, mas olhando para todos e pensando o quanto foram importantes. Abraços. É... Alguns ainda serão. Outros, eu sei, perderei.

Mas é assim, cada parto. Mal posso lamentar a nostalgia já presente. Em 13 dias, 13 dias, término de monografia, emprego e defesa. Dia 17, só sorrir para a foto de beca.

Essa longínqua quarta-feira, 8 de março de 2006...

Como sou homem, como gosto do cheiro de baunilha, como sei que o amor tem seu tempo e a morte chegará; como sou filho de um José e de uma Maria, agora eu também posso dizer tão simplesmente que sou jornalista.

segunda-feira, março 06, 2006

Certo, devo detalhes. Esse final de semana conclui que esses dias são tão importantes como quando terminei a alfabetização e fui para a primeira série. E fui eu mesmo quem carregou o saco com os materiais de uso coletivo. (Tá, só não segurei a resma de papel)

Dia 8, 15h30.
"Objetividade, Subjetividade e Copa do Brasil". A despedida oficial de onde nunca se leva à sério que um dia se vai embora. E ainda falo sobre como se ocupam 8h por dia. E desse sentimento que se traduz em alegria. E nostalgia.

Sobre o Carnaval? Uma das coisas que mais gosto nesse mundo...
















Torta de frango e palmito!