segunda-feira, março 13, 2006

Sorrir por glória, sorrir sem jeito, sorrir por mostrar os dentes. Até logo após o almoço.
Imaginar que pulo vira vôo, abraço para se fazer um só ser. Eu vi teus olhos nos meus. Pele abrindo, entranhas se entrelaçando, um só fígado, um só pulso, um só ritmo de oxigênio, dióxido de carbono, monóxido. Ah sim, também monóxido, que se terá um fim.

Hoje eu vou ver se caminho 50 minutos novamente. Carros, árvores, asfalto, pulso, suor. Fumaça, segurar o bolso com o braço já pronto para o golpe. Nunca precisar usá-lo. Sorrir. Sorrir. Sorrir. Pulo que vira vôo. Um dia chego na tua casa. Correr sem rumo até chegar no mar, molhar os cabelos e rolar nas ondas como uma rolha.

E aquela garrafa de champanhe. E aquela garrafa de champanhe! Champanhe, senhoras e senhores! Eu quero taça, eu quero beber, e rir fácil e falar coisas sem sentido, meio caindo de lado. Pulando achando que pulo vira vôo, correndo sem rumo e com os cabelos molhados feito água do mar. Entranhas, entranhas, entranhas! Estranhas, de modo algum! Conhecidas, benditas! Entrando, entranhas. Eu não bebo álcool.

Mas tenho o suor na testa. Eu vi teus olhos nos meus. Pulo que vira vôo, champanhe que vira água do mar, ondas de suor, caminhar dentro d'água, beber suor, tomar banho nas entranhas. Ficar bebâdo do sorriso, de boca aberta, sem jeito, sorrindo, logo após o almoço, vôo que vira pulo. E aquele champanhe, e aquele champanhe, e aquele champanhe!

Eu vi teus olhos nos meus. Feliz oxigênio.
E agora, vamos às entranhas? Tem champanhe...

"How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here"

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