domingo, outubro 21, 2007

Cheiro de flores. São só flores.

A boca seca pede água.
Não por álcool. O gosto azedo de um sorvete tão doce.

Cinco horas. Dezessete. Quando o sol voltar, é segunda-feira. Tenho que pegar no tranco.
1,2,3, vai!

Não vai.

Boca seca, mente sede, e água até a tampa dos pulmões. Mesmo assim, última força, para emburrar o barco.

Contra a corrente.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Leio o último Douglas Adams devagar.

Capítulo em capítulo. Como quem vai de gole em gole, torcendo para não acabar. Não tenho pressa.

Misturo as páginas com reportagens para ter mais noites com improvabilidade infinita. Mando meus vikings atacarem os celtas com cavaleiros e catapultas.

Enjoei do "yes, sir", troquei por música. Música. Das minhas bandas que já são memória. Dos anos 90 que, um a um, vão fazendo 10 anos.

Hoje é 12 de outubro, acordei 8 horas, e não estou com sono. Será que é isso o que chamam de envelhecer?!

segunda-feira, outubro 01, 2007

Mais que aos céus, nessas noites é como ir célere à lua.

Da lembrança dos sorrisos ao pensar de como seria bela a idéia de ter todas as noites, estar acima, ser tudo. Mais ainda, como são boas as férias.

Entenda-me. Dentre tantos sistemas, sensores e controles, os parcos e maravilhosos momentos de mandar um beijo, um abraço e pensar em felicidade. Perfeitos.

De se esquecer de estar isolado. Nessa cápsula diminuta que me leva à lua. Com tão pouco ar que um grito ou um sorriso já podem fazer os olhos vermelhos e o peito doer.

Ar?

Daí eu lembro que, lá na lua, eu morreria em um ou dois segundos. Um só instante. Até antes, talvez, de sentar os dois pés. Sem vento. Sem ter o que comer. Tudo por poeira e pouca gravidade.

É quando bato meus dedos nesse botão vermelho, com letras amarelas, como quem dedilha uma canção. Uma das tantas que eu não sei cantar.

"Segunda-feira blues"

Nova meia. Uma calça. Olhos na agenda, tantos minutos para.

Faltam cinco dias.

Faltam tantos meses.

Passa a vida.