sábado, junho 30, 2007

"Fool enough to almost be it
Cool enough to not quite see it
Doomed
Pick your pockets full of sorrow
And run away with me tomorrow
June "


É como todo rito de passagem. Preciso morrer um pouco.

Aconteceu na quinta. Experimentei o que deve ter sido o último minikalzone dos tempos que saía do IDER nas carreiras, Pici ou 55, para ir na pós na Unifor. Aulas que do meu mundo só eu vi, só eu passei. Palmito. Maravilhoso palmito. Suco de... goiaba. Cantinho de
parede, guardanapo.

Depois de dias, já hoje, olhei pelo vidro para toda a longa Pontes Vieira. É ali que vou voltar a caminhar, todos os dias, sabia? Mas se será mesmo "todos", não sei. Pode ser que mude. Pode ser que tenhamos novidades e, claro, pode ser que tudo fique exatamente igual.

É esse tal de mês de junho. Que desde o primeiro dia eu penso "só faltam 30". E agora, já quase no fim, parece que se prende a toda hora. Então eu venho aqui e agradeço. Se você faz parte da minha vida, de perto ou mesmo nem sabendo como, obrigado.

Sei que nada disso é muito lido, e que ninguém comenta mesmo, mas sei que estou vivo. Se eu passar dessa noite, é que sou mesmo forte. Olha lá, meia-noite, só mais algumas horas para os 23.

sexta-feira, junho 29, 2007

Como tudo é amplo, belo, feliz...

E sou pegue pela realidade. Pegue pelo tornozelo, levado à lona, com suor de um dia inteiro e ainda insistia em alguma verdade. O relógio que indica que a hora vai chegando, a censura, a pilha de roupas, de livros, de linhas, nos poucos segundos de vida entre já dormir e já levantar.

...e assim eu penso sobre o que há muito não pensava, o sentido dessa tal existência, como gosto, como amo...

Busca pelo sentido exato de cada palavra. Não quis dizer isso. Meu tom é meu. Ok.. Concordo. Aceito. Faço mais rápido. Dois ou mais parágrafos, mais vinte minutos, menos tantos centavos. Pouco importo.

Mas do que eu falava mesmo? Que bela história viria trazendo o tal sorriso?

Pegue pelo tornozelo. Ao chão.

quinta-feira, junho 21, 2007



"La bombe humaine
tu la tiens dans ta main
Tu as l'détonateur
Juste a cote du cœur
Faudrait pas quej'me laisse aller"

Medo.
Coragem.
Carbono.
Quatro anos é quando já sabe "teimar". Você diz: "precisamos conversar". Recebe uma carreira. Você clama: "não é assim que se faz". Ganha uma certa indiferença.

Ai vai, balança a mão com um jeitinho suficiente pra chamar a atenção de um jato a 2000 por hora, dizendo bem articulado: "Tchau tô in-do em-bo-ra, tu-do bem?". Nada. Vai fechando a porta fazendo o máximo de zuada. Nada.

Daí que pegar minha chinela depois do banho é uma dúvida tão séria quanto, lógico, eu dou esse pedaço de chocolate, ai eu sei que a coisa tá complicada. Mas são os quatro anos, fazer o quê?!

Sabia que quatro, na Córeia, é tido como coisa de azar?! Pois é, mas o jeito é esperar certinho chegar aos cinco. Até lá, quem sabe, eu ponho dos eixos. Caminho lado-a-lado, consigo ver um filme direito... ...vai ver que assim eu ganho tchau na hora de ir embora.

quinta-feira, junho 14, 2007




Mudo. Mudamos. Algumas vezes em cima do muro.
Feito como temos as tais conversas humanistas entre os oito maravilhosos ingredientes adicionados ao fetuccine. Logo após, sorvete. Da Mc Donald's.

Dia seguinte, reconheço na conhecida as roupas e cores de quem decidiu ser "mulher da vida". Saia curta, maquiada logo de manhã, pernas ainda com pêlos, deixando tão claro que é das que leva porrada para levar um pouco de comida para casa. Cansada de catar, mas ainda com vontade de ir lá na Sé traçar planos pra melhorar a vida.

Ela me olha com constrangimento, eu sinto as dores do mundo. E sim, vou na Sé, não para rezar. Mas meu coração ateu quase acredita nesses tais sonhos. Ações humanistas. Defino metas para os dias seguintes e vou no banco para mais notas.

Nada a partir daí importa. Só interessa quando fecha a porta e aproveito o que mais humano tem na gente, que não depende sequer de nada, só nós dois, se quiser, nem das roupas. E, no final das contas, a única coisa que amasso são abóboras, enquanto penso em tudo isso.