Há vários referenciais teóricos para a Paternidade:
As teorias Liberais dizem que você não precisa cuidar do seu
filho. Uma "Mão Invisível" vai trocar as fraldas, e tudo certo.
Aliás, segundo essa corrente, seu filho vai vir, ou não, dependendo da
auto-regulação da sua vida familiar.
Já as Teorias Críticas, ou Marxistas, dizem que a gravidez é
um processo de hegemonia de uma minoria sobre uma maioria de espermatozóides
que não tiveram a oportunidade de fecundar o óvulo. A solução é encontrar
vários óvulos para todos os espermatozóides, daí a oposição radical da Igreja.
Em paralelo, a corrente Realista estabelece que a
Paternidade é a hora de trabalhar mais para ganhar mais dinheiro para sustentar
o futuro herdeiro. Não tem problema se ele te odiar futuramente por isso.
Para os Construtivistas, a criança só dá trabalho se você
estiver olhando. Fechar os olhos faria o problema inexistir. Essa corrente foi
abolida pela invenção do choro infantil.
Para o Feminismo, caso o feto seja homem, esta é a única
oportunidade em toda a vida de estar coberto de razão. Na realidade, envolto na
razão. Dentro da razão.
Para o Machismo, não há muita escolha na gestação. De acordo com a obra The Dictador
(BARON CARTER, 2012), "it's a boy or it's an abortion".
A correne Estruturalista diz que o bebê não é o bebê. É a
dor de cabeça significante do choro que traduz o bebê. Ninguém até agora
compreendeu exatamente o que isso significa.
O Empirismo é bem empírico. Você aperta o corpinho. Se
chorar, é um bebê. Se você levar uma tapa, é porque a mãe está por perto.