domingo, maio 08, 2005

Endurecer, mas sem perder a ternura jamais.

Conceito de orgasmo, deixe de lado. Quero falar de revolução, do sangue quente que toma ruas e pulsa instituições. Das ondas, de pernas e mãos, que sacodem estruturas e afogam a realidade.
De sonho que nasce em noite fria no deserto; de prato de comida roubado de panela cheia; de aperto de mão de mãos que não se uniam.

Sem perder a ternura. A ternura é a origem. O sorriso, o afeto, a amizade, o amor. Amor aquele que te mostra que, sim, é humanamente possível. Morro acima, suor abaixo. Vida ao trabalho, pelo prato, da comida, vida, para o trabalho.

Mas vida. Com sorriso de dentes sujos e morte de cama pobre. Mas feliz. De atravessar o rio, sem forças para atravessar o rio, mas atravessar o rio. Sem ar, mas continua. Com gritos de urro.

Gritos da cidade que cai. Em nossas mãos.

(Ainda bem que o Che morreu. Seria difícil se sempre se acordasse)

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