Hoje foi meu último dia como repórter temporário.
Amanhã é meu aniversário.
Não será folga, já que não há trabalho.
Ai vem o sábado, vem o domingo....
E segunda é o primeiro dia. Como repórter de esportes contratado!
Feliz aniversário, Humberto, feliz aniversário.
quinta-feira, junho 30, 2005
terça-feira, junho 28, 2005
Eu me sinto envelhecendo.
Não de veias ficando desgastadas como fios descascados, não de olhos embassados com manchas brancas sobre o mundo. Eu me sinto velho, do absoluto ser relativo, de ser fácil dizer um elogio que se sente, de ser simples repensar, desfazer, reconstruir e refazer qualquer coisa. De saber o que se tem, de não se ter o que não se sabe.
Eu me sinto envelhecendo. De ver a barba mal feita e saber que sim, sou eu.
Eu me sinto envelhecendo. Dia 26, dia 27, dia 28.
Eu me sinto envelhecendo. Vivendo dias que serão descritos na minha biografia.
Não de veias ficando desgastadas como fios descascados, não de olhos embassados com manchas brancas sobre o mundo. Eu me sinto velho, do absoluto ser relativo, de ser fácil dizer um elogio que se sente, de ser simples repensar, desfazer, reconstruir e refazer qualquer coisa. De saber o que se tem, de não se ter o que não se sabe.
Eu me sinto envelhecendo. De ver a barba mal feita e saber que sim, sou eu.
Eu me sinto envelhecendo. Dia 26, dia 27, dia 28.
Eu me sinto envelhecendo. Vivendo dias que serão descritos na minha biografia.
segunda-feira, junho 27, 2005
"Que me desculpem Vinicius de Moraes, os editores e os redatores, mas repórter é fundamental. É certamente a única função pela qual vale a pena ser jornalista. Jornalista não fica rico, a não ser um punhado de iluminados. Jornalista não fica famoso, a não ser um outro (ou o mesmo) punhado e assim mesmo no círculo restrito que freqüenta ou no qual é lido. Jornalismo, por isso, só vale a pena pela sensação de ser poder ser testemunha ocular da história de seu tempo.
E a história acontece sempre na rua, nunca numa redação de jornal. É claro que estou tomando "rua" num sentido bem mais amplo. Rua pode ser a rua propriamente dita, mas pode ser também um estádio de futebol, a favela da Rocinha, o palanque de um comício, o gabinete de uma autoridade, as selvas de El Salvador, os campos petrolíferos do Oriente Médio. Só não pode ser a redação de um jornal. Por isso, é um privilégio ser repórter. (...)
Reportagem é uma coisa paradoxal, por se tratar, ao mesmo tempo, da mais fácil e da mais difícil maneira de viver a vida. Fácil porque, no fundo, reportagem é apenas a técnica de contar boas histórias. Se bem alfabetizado, pode-se até contá-las em português correto e pronto: está-se fazendo uma reportagem, até sem o saber. Difícil porque o repórter persegue esse ser chamado verdade, quase sempre inanintível ou inexistente ou tão repleto de rostos diferentes que se corre permanentemente o risco de não de conseguir captá-los todos e passá-los todos para o leitor/ouvinte/telespectador. (...)
Para executá-la, sejamos francos, exige-se muito mais transpiração do que inspiração. Mais esforço físico do que intelectual. Exige que se gaste a ponta do dedo telefonando para todas as pessoas que possam dar ao menos um fragmento de informação. Exige que se gaste a bunda nos sofás das ante-salas de autoridades ou "otôridades", na espera de que elas atendam o repórter e lhes dêem mais um pedacinho de informação. Exige que se gaste as pernas e as solas dos sapatos andando atrás de passeatas, comícios ou fugindo da polícia. Exige ainda gastar a vida lendo livros, revistas, jornais, documentos, relatórios, certidões, o diabo, atrás de detalhes ou confirmações ou, no mínimo, como ponto de partida para se iniciar um trabalho com um mínimo de informações prévias. Gasta-se a vista também no simples exercício de olhar com olhos de ver. Tem muita gente que olha e não vê detalhes que acabam compondo pedaços por vezes vitais de uma reportagem. (...)
Repórteres são ou não seres idiotas? São, mas às vezes conseguem até ser felizes na sua estranha maneira de viver a vida".
Clóvis Rossi - no prefácio de "As aventuras da reportagem"
E a história acontece sempre na rua, nunca numa redação de jornal. É claro que estou tomando "rua" num sentido bem mais amplo. Rua pode ser a rua propriamente dita, mas pode ser também um estádio de futebol, a favela da Rocinha, o palanque de um comício, o gabinete de uma autoridade, as selvas de El Salvador, os campos petrolíferos do Oriente Médio. Só não pode ser a redação de um jornal. Por isso, é um privilégio ser repórter. (...)
Reportagem é uma coisa paradoxal, por se tratar, ao mesmo tempo, da mais fácil e da mais difícil maneira de viver a vida. Fácil porque, no fundo, reportagem é apenas a técnica de contar boas histórias. Se bem alfabetizado, pode-se até contá-las em português correto e pronto: está-se fazendo uma reportagem, até sem o saber. Difícil porque o repórter persegue esse ser chamado verdade, quase sempre inanintível ou inexistente ou tão repleto de rostos diferentes que se corre permanentemente o risco de não de conseguir captá-los todos e passá-los todos para o leitor/ouvinte/telespectador. (...)
Para executá-la, sejamos francos, exige-se muito mais transpiração do que inspiração. Mais esforço físico do que intelectual. Exige que se gaste a ponta do dedo telefonando para todas as pessoas que possam dar ao menos um fragmento de informação. Exige que se gaste a bunda nos sofás das ante-salas de autoridades ou "otôridades", na espera de que elas atendam o repórter e lhes dêem mais um pedacinho de informação. Exige que se gaste as pernas e as solas dos sapatos andando atrás de passeatas, comícios ou fugindo da polícia. Exige ainda gastar a vida lendo livros, revistas, jornais, documentos, relatórios, certidões, o diabo, atrás de detalhes ou confirmações ou, no mínimo, como ponto de partida para se iniciar um trabalho com um mínimo de informações prévias. Gasta-se a vista também no simples exercício de olhar com olhos de ver. Tem muita gente que olha e não vê detalhes que acabam compondo pedaços por vezes vitais de uma reportagem. (...)
Repórteres são ou não seres idiotas? São, mas às vezes conseguem até ser felizes na sua estranha maneira de viver a vida".
Clóvis Rossi - no prefácio de "As aventuras da reportagem"
domingo, junho 26, 2005
Deu certo.
O ozzy não morreu, a Liana não me reprovou e o Gilmar amanhã entrega o projeto, que ficou "grande demais".
Já não tenho mais sala, sobrou bolo (êee) e, mesmo com sono e azia, achando que ia explodir, consegui dormir direito.
E essa é a primeira vez que eu páro desde a última quinta-feira...
O ozzy não morreu, a Liana não me reprovou e o Gilmar amanhã entrega o projeto, que ficou "grande demais".
Já não tenho mais sala, sobrou bolo (êee) e, mesmo com sono e azia, achando que ia explodir, consegui dormir direito.
E essa é a primeira vez que eu páro desde a última quinta-feira...
quarta-feira, junho 22, 2005
Última semana de aula. Eu e minha irmã disputamos o computador. São livros por toda parte, anotações. Noites que vão longe, tardes intensas.
Chego em casa, meu irmão formatou o computador. Ele, claro, sem ter muito o que fazer. "Mas eu salvei os arquivos"... Os que ele achava serem os únicos. Internet? "Vixi... tem que pegar os arquivos...".
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Inspira. Respira.
1 2 3
Inspira. Respira.
1... PORRA DE CONTAR ATÉ 10!
PUTA QUE PARIU!
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Chego em casa, meu irmão formatou o computador. Ele, claro, sem ter muito o que fazer. "Mas eu salvei os arquivos"... Os que ele achava serem os únicos. Internet? "Vixi... tem que pegar os arquivos...".
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Inspira. Respira.
1 2 3
Inspira. Respira.
1... PORRA DE CONTAR ATÉ 10!
PUTA QUE PARIU!
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
terça-feira, junho 21, 2005
"93% dos jovens crescem sem a presença do pai dentro de casa;
31% dos adolescentes têm o primeiro filho antes dos 16 anos;
55% dos adultos e 27% dos jovens disseram já ter passado fome pelo menos uma vez;
6% dos jovens pesquisados afirmaram que suas primeiras relações sexuais aconteceram com alguém da família;
13% presencia algum tipo de violência dentro de casa;
34% disseram já ter usado algum tipo de droga;
59% dos adolescentes reclamam que vivem em bairros violentos;
80% se sentem inseguros nos seus próprios bairros;
58% dos jovens não trabalharam nos 12 meses anteriores à entrevista;
2% nunca foram à escola."
31% dos adolescentes têm o primeiro filho antes dos 16 anos;
55% dos adultos e 27% dos jovens disseram já ter passado fome pelo menos uma vez;
6% dos jovens pesquisados afirmaram que suas primeiras relações sexuais aconteceram com alguém da família;
13% presencia algum tipo de violência dentro de casa;
34% disseram já ter usado algum tipo de droga;
59% dos adolescentes reclamam que vivem em bairros violentos;
80% se sentem inseguros nos seus próprios bairros;
58% dos jovens não trabalharam nos 12 meses anteriores à entrevista;
2% nunca foram à escola."
segunda-feira, junho 20, 2005
domingo, junho 19, 2005
quinta-feira, junho 16, 2005
terça-feira, junho 14, 2005
Os poucos posts e os muitos dias mostram que há muita coisa.
Há, muita coisa.
Eu repórter (de manifestação, de jogo do Brasil, de Zé Gotinhas), eu teoria (objetividade, notícia, discursiva), eu cansado (olhos para baixo), eu amado...
Feliz dia de namorado, feliz dois anos, feliz dia de repórter bajulado, feliz dia.
Há, muita coisa.
Eu repórter (de manifestação, de jogo do Brasil, de Zé Gotinhas), eu teoria (objetividade, notícia, discursiva), eu cansado (olhos para baixo), eu amado...
Feliz dia de namorado, feliz dois anos, feliz dia de repórter bajulado, feliz dia.
quarta-feira, junho 08, 2005
Humberto Leite
Especial para O POVO
Não a partir de amanhã, pois só amanhã que o café-da-manhã será mais forte;
Não por muito tempo, só até julho;
Não na hora certa, há tantos livros e trabalhos.
Não por muito dinheiro, mas já louvável por já ter ido de graça.
E, sobretudo, feliz. Bem feliz. De dezenas de nomes, o meu.
(E Ronaldo Salgado ganhou abraço entre pulos meus no terminal da Parangaba)
Especial para O POVO
Não a partir de amanhã, pois só amanhã que o café-da-manhã será mais forte;
Não por muito tempo, só até julho;
Não na hora certa, há tantos livros e trabalhos.
Não por muito dinheiro, mas já louvável por já ter ido de graça.
E, sobretudo, feliz. Bem feliz. De dezenas de nomes, o meu.
(E Ronaldo Salgado ganhou abraço entre pulos meus no terminal da Parangaba)
sexta-feira, junho 03, 2005
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