Essas paredes que me expelem.
Não me odeiam, nem me vomitam: me colocam para fora, não como dejeto, nem como produto. Só fico pelo caminho. Essas paredes que já nem são mais as mesmas: eram acolhedoras, em bairro distante (até pareciam maiores), e há alguns anos já nem sei quais são.
Paredes brancas, sem marcas, sem eu, sem mim. Que não trazem muitas memórias, perdem para as minhas poucas cicatrizes, perdem para o sentimento... de repulsa. Paredes, expelem-me.
E não escolho. Sou escolhido. Vida vil que será minha. Não há de ser vil, há de ser boa. Não dá para fazer tudo, então faça o que te põem para fazer. Vil são essas paredes.
Le Bourget que se desfaz em litros de anti-desengordurante....
Com todo o prazer.
sábado, julho 23, 2005
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