quarta-feira, novembro 30, 2005

"Tanto de meu estado me acho incerto
Que em vivo ardor tremendo estou frio;
Sem causa juntamente choro e rio,
O mundo todo abarco, e nada aperto."

Aos céus, eu levanto aos mãos.Eu leio Camões, eu caminho desde o Hemoce. Para casa.Casa?! É, cama, comida, privada. Eu como, e sinto fome. E durmo, e o pescoço ainda reclama. Trabalho. Uma coisa. Duas coisas. Porque não três? Ao mesmo tempo. Futuro? Sei lá para quê. Nunca vi uma expectativa que não fosse ex.

Em janeiro, provavelmente, será tudo diferente. Nem adianta imaginar um rio com nome de árvore ou uma nova sala: será diferente. E já nem lembrarei mais o que estou pensando agora. Mas até janeiro, muita coisa vai mudar. Muita. E obrigado por não se importar em dançar nos meus acasos. Muito obrigado por estar ao meu lado.

"É tudo quanto sinto um desconcerto
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio;
Agora desvario, agora acerto"

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