sexta-feira, janeiro 13, 2006


Quando eu crescer, eu quero ser astronauta.

Menos, menos. Pode ser só isso, aquilo ou lá esse outro. Mas tem que ser. Precisa ser. Deve ser. Ser. Próxima semana? O que pensar? Vontade, vontade, vontade.

Vontade de vida.

Isso, aquilo, aquilo outro.
Meu livro, minha redação, meus alunos
Meu filho, meus aviões, meu jornalismo,
Meu isto, meu aquilo. Aquilo outro.

E aquele outro, tão admirado, almejado, já terá que ser eu. A gente termina o colégio, ai vai pra faculdade, termina, arranja um emprego e em uns 5 anos eu já estarei lá. Três, talvez.
Simples assim. Simples de falar.

Eduardo, olhar singelo para repórter novo, nova idéia, São Silvestre, navio-aeródromo, Paris, Moldávia (por que não?), grisalho, bicicleta, livro, saudades de hoje...

Sim, é dor. Dói viver isso. Dói não saber ao certo. Já que eu não vou ser astronauta, vou pelo menos olhar pela janela e ver tudo e toda a gente pequeninha? E gente pequenininha, pelo menos? Minha gente...

(eu pensava que era só fechar os olhos e esperar o fim do ano.
eu quero fechar os olhos, ter 60 anos, e lembrar de tudo isso)

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