Pior que essa compulsão por escrever é escrever por si mesmo, de si mesmo. É essa mão maldita que não para e essa cabeça que rola de um lado para o outro no travesseiro sem se permitir um sono vazio sem sonho nem medo.
Não para.
São palavras que se agora parecem feias depois serão só vergonha. Ou certeza de que poderiam ser melhores. Não para.
Mas como um filho ruim que querendo ou não vêm 9 meses depois do gozo, a gente só pode parir e cuidar.
Pára.
quarta-feira, maio 31, 2006
segunda-feira, maio 29, 2006
terça-feira, maio 23, 2006
Nunca pousei em outra pista de pouso. Só do Pinto Martins. Também não sei ao certo como trabalham as aeromoças.
Já "andei" de avião duas vezes. O primeiro, camuflado, com 2 tanques de combustíveis enormes ao invés de cadeiras e com caças ao lado. Inesquecível. Sem luxo, detalhes e sequer banheiro. Fios visíveis, barulhos e quatro grandes motores à hélice. Um civil entre soldados.
O segundo, ex-presidencial. Diriam "Sucatão", eu vi que longe disso. Como qualquer outro. Jato, poltronas, janelinhas e carpete. Também diferente, é verdade: fui no banheiro do presidente. Relatos de Collor, Lula, FHC e uma certa primeira dama que adorava taifeiros... Também havia caças com sede de combate. E curvas um "pouco" mais fortes. Uma asa ao solo, a outra lá no céu.
Nem me surpreendia, as sensações. Tantos parágrafos, linhas, fotos e interrogatórios. Se eu visse uma passagem na mão de alguém, cinco ou seis perguntas, no mínimo. Já fui no aeroporto deixar gente. Já fui no aeroporto pegar. Já fui até - várias vezes - só para ficar olhando o que ia, o que vinha.
Já fui para comprar passagem para outros.
E fui recentemente comprar pra mim. Torcendo até por uma turbulência tão forte que fizessem cair as mascaras de oxigênio.
Sem mais vagas, me restou ficar feliz.
Feliz por ter entrado na fila.
Já "andei" de avião duas vezes. O primeiro, camuflado, com 2 tanques de combustíveis enormes ao invés de cadeiras e com caças ao lado. Inesquecível. Sem luxo, detalhes e sequer banheiro. Fios visíveis, barulhos e quatro grandes motores à hélice. Um civil entre soldados.
O segundo, ex-presidencial. Diriam "Sucatão", eu vi que longe disso. Como qualquer outro. Jato, poltronas, janelinhas e carpete. Também diferente, é verdade: fui no banheiro do presidente. Relatos de Collor, Lula, FHC e uma certa primeira dama que adorava taifeiros... Também havia caças com sede de combate. E curvas um "pouco" mais fortes. Uma asa ao solo, a outra lá no céu.
Nem me surpreendia, as sensações. Tantos parágrafos, linhas, fotos e interrogatórios. Se eu visse uma passagem na mão de alguém, cinco ou seis perguntas, no mínimo. Já fui no aeroporto deixar gente. Já fui no aeroporto pegar. Já fui até - várias vezes - só para ficar olhando o que ia, o que vinha.
Já fui para comprar passagem para outros.
E fui recentemente comprar pra mim. Torcendo até por uma turbulência tão forte que fizessem cair as mascaras de oxigênio.
Sem mais vagas, me restou ficar feliz.
Feliz por ter entrado na fila.
terça-feira, maio 16, 2006
Poderia ser engraçado nas minhas piadas sem graça,
Sem eira, nem beira, nem estribeira
A tuf arrêa, a tuf arrêa, a tuf arrêa.
Ou político. Dos políticos que eu odeio, de acreditar que só seremos livres quando as suas últimas tripas enforcarem o último padre. Ou vice-versa. Livres. Livres. Sem precisar nem de reis, nem de padres.
Militaresco, dos aviões que amo, do sorriso em ver metal. Tão lido e até então desconhecido. De olhar para uma dobradiça e imaginar por onde andou. Sem gostar da farda, mas adorando cada pecinha. Ver uma foto e uma tarde de imaginação. Feito criança.
Sentir a onda e tocar a água, que talvez, quem sabe, pode ser, nunca tinha vindo à tôna ou já banhou uma linda baleia.
Poderia também só amar o futebol. Ou falar dos meus amores. Contar a vida. Ticket-refeição e cartão de visitas. Suco de limão uma vez por mês. Ou falar dos amores. Dos meus planos, e quem sabe até dos cursos que se tornam curvos.
Se até outras pessoas, vai saber. Andar com um bloco e jogar aqui todas as melhores idéias. Mas tudo o que tenho a mostrar são essas.
Mas aliás, o que preferem? AH-11, Geufer, Mirage, Baunilha, PCC ou a história do primeiro cinema 180º de Portugal??
Sem eira, nem beira, nem estribeira
A tuf arrêa, a tuf arrêa, a tuf arrêa.
Ou político. Dos políticos que eu odeio, de acreditar que só seremos livres quando as suas últimas tripas enforcarem o último padre. Ou vice-versa. Livres. Livres. Sem precisar nem de reis, nem de padres.
Militaresco, dos aviões que amo, do sorriso em ver metal. Tão lido e até então desconhecido. De olhar para uma dobradiça e imaginar por onde andou. Sem gostar da farda, mas adorando cada pecinha. Ver uma foto e uma tarde de imaginação. Feito criança.
Sentir a onda e tocar a água, que talvez, quem sabe, pode ser, nunca tinha vindo à tôna ou já banhou uma linda baleia.
Poderia também só amar o futebol. Ou falar dos meus amores. Contar a vida. Ticket-refeição e cartão de visitas. Suco de limão uma vez por mês. Ou falar dos amores. Dos meus planos, e quem sabe até dos cursos que se tornam curvos.
Se até outras pessoas, vai saber. Andar com um bloco e jogar aqui todas as melhores idéias. Mas tudo o que tenho a mostrar são essas.
Mas aliás, o que preferem? AH-11, Geufer, Mirage, Baunilha, PCC ou a história do primeiro cinema 180º de Portugal??
segunda-feira, maio 15, 2006
A vida é dor.
Ruim ou boa, ela vem. Inesperada ou aclamada, sem dúvida estará presente. Dor de incerteza, de destino indesejado, de perdição ou braços atados.
A causa da dor é o desejo.
Desejo de não sentir dor. De passar ao largo, indestrutível, inabalável, certeiro, veloz. Plus vite, plus vite, plus vite douce vie...
A dor de se estar vazio.
Ou de já estar cheio.
Ruim ou boa, ela vem. Inesperada ou aclamada, sem dúvida estará presente. Dor de incerteza, de destino indesejado, de perdição ou braços atados.
A causa da dor é o desejo.
Desejo de não sentir dor. De passar ao largo, indestrutível, inabalável, certeiro, veloz. Plus vite, plus vite, plus vite douce vie...
A dor de se estar vazio.
Ou de já estar cheio.
sexta-feira, maio 05, 2006
Esses dias tão escuros que não nascem, ficam claros. No final da tarde o sol não se põe, as nuvens negras ficam mais vivas.
E o calor, tão presente, é exceção, jóia rara, cinco ou seis minutos até o vento gelado deixar tudo triste outra vez.
Espirro, tosse, dor, ouvido estourando, garganta rasga e nada na mesa é agradável. Nada agrada. Frio, mesmo sob lençois. E suor.
Eu adoro a chuva. Mas só quando é alívio.
E hoje não estarei mais sozinho.
E o calor, tão presente, é exceção, jóia rara, cinco ou seis minutos até o vento gelado deixar tudo triste outra vez.
Espirro, tosse, dor, ouvido estourando, garganta rasga e nada na mesa é agradável. Nada agrada. Frio, mesmo sob lençois. E suor.
Eu adoro a chuva. Mas só quando é alívio.
E hoje não estarei mais sozinho.
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