segunda-feira, junho 19, 2006

Não há hora.

Não são 8, 9 ou 15 para as dez. Apenas faltam 10, faltam 9, falta oito e pouco para aquela Hora. Feito fim de ano. Ruas vazias, ônibus com a pressa que agrada todo mundo, e pedido de desculpas por entrar na loja.

Portas fechadas onde se lê "segunda à sexta, das 8 às 18 horas". Folga. Um medo de furar o pneu como se foge de rua de pedras.

E atenção. E param. E olham. E esperam. E esperam. E esperam. E esperam.

Só um a zero.

Depois, no domingo. Faria sol, mas choveu. Mesmo assim, carne, paçoca, bêbados no meio da rua e esporte nacional: peças soltas no asfalto. Dois a zero.

E eu não grito. E não tremo. E nem falo muito. Parece até que nem gosto. Mas vou lembrar de cada milimétrico detalhe desses dias que em que tudo aparenta ter um grande sentido: mas mesmo assim eu adoro.

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