Vamos por partes.
Ato 1
Viva os 14. Bis! Herói, ciência, conquista, orgulho. Mais pesado que o ar, levado pela sua leveza.
Raiva. Praticamente esquecido. Homenagem deixada de lado. São mais importantes os tolos. Os bestas. Só mais um acidente. Só mais sangue. Mais juros. Mais dados. Mais mentiras.
Ato 2
De adianta ser livre, se tanta gente vive sem ter o que comer?! E sem ter o que pensar?! E sem ter como escolher?! E ainda há interesses, há ainda estupidez, há ainda a crença numa grande verdade.
"Se têm a verdade, guardem-na!"
E, em certos instantes, eu tenho vontade de, sinceramente, ir logo embora. Porque ir, eu tenho certeza, eu vou acabar indo. Vou pôr nariz de palhaço: e se escolheram entre algum daqueles dois, então pelo menos usem papel higiênico logo após!
Eu não acredito mais em nada. E não fico feliz. Mas tenho ainda algo bem forte dentro de mim. Alguns sonhos que podem ser sonhos, mas ainda assim não quero esquecê-los. Ética. Justiça. Ou, como queiram, vergonha cara. Eu sei: fora do alcance. Fora da realide. Mas eu não posso acreditar que só possa ser assim.
"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
Ato 3
Sou o eu amante. O eu macarrão. Fica comigo esta noite. E aquela também. E mais outras tantas. O eu que lembra Fernando Pessoa (ou Alvaro de Campos?!).
Ato 4
Não há tempo. Há correria. Tantas coisas. Tantas coisas.
Ato 5
E neste eu sorrio. Porque tanta coisa bem que podia pelo menos dar em algo legal porque tem também muita coisa pra ser feita um pouquinho mais longe! Em 24 horas, serei passageiro de um Airbus. E isso me deixa feliz. Adoro até as escalas.
Volto dia 31. Noite de Hallowen. Ocean Air (isso presta?). Fokker 100. Exatamente 10 anos do conhecido acidente. Espero que esse não seja um adeus!
Mas, e se for, fica comigo esta noite?
sábado, outubro 28, 2006
sábado, outubro 21, 2006
Se souber, faça.
Se não souber, faça sem saber.
"O que a vida quer da gente é da coragem".
"O que a vida quer da gente é coragem, Glória?
Onde eu escrevi isso?".
Ficou escrito.
Sem saber, fazendo a própria história. Emoção não pára. Não cessa. Bem diferente dessa coisa que vai deixando tudo para trás, para trás, para trás, e, quando percebe, a lição tão recente já é lembrança.
Lembrança boa. Chico do Carangueijo. A pior entrevista da minha vida. Glória Diógenes. Não direi a melhor, podem vir melhores depois. Sei nem o que vem depois.
Alguma coisa vem.
E, sem saber, mas fazendo, vou ter coragem.
Se não souber, faça sem saber.
"O que a vida quer da gente é da coragem".
"O que a vida quer da gente é coragem, Glória?
Onde eu escrevi isso?".
Ficou escrito.
Sem saber, fazendo a própria história. Emoção não pára. Não cessa. Bem diferente dessa coisa que vai deixando tudo para trás, para trás, para trás, e, quando percebe, a lição tão recente já é lembrança.
Lembrança boa. Chico do Carangueijo. A pior entrevista da minha vida. Glória Diógenes. Não direi a melhor, podem vir melhores depois. Sei nem o que vem depois.
Alguma coisa vem.
E, sem saber, mas fazendo, vou ter coragem.
sexta-feira, outubro 13, 2006
Tenho que escrever, sim eu tenho.
É a única chance de alguém me ler. É a única chance de lembrarem. Só assim "13 de Maio" pode virar "Humberto Leite". Não tem outra maneira: só assim tanta visão vai fazer sentido. Poesia, sentimento, ação.
Tenho que escrever. O quê?! Lembrei de uma ótima palavra: náusea. Aquela coisa que não é física, mas não pode ser da alma: sou cético. Merda, sou cético. Meu bairro completa hoje 50 anos. Estou frustrado com a política. Tem um vento lá fora. Cético.
Hoje se eu fosse acreditar em algo não seria em Deus. Hoje quero chocolate. Não, baunilha. Companhia na cama. Muito grande se os braços ficarem só. Náusea, se só. É físico, mas sempre acho que aquela coisa fosse um pouco mais. Tenho que escrever.
Náusea. Droga, alguém tem que me ler. Cético. Meu nome é Humberto. É Leite. Mas também é Vieira, é Luis. 2000##0197##7. 004.###.853-05. Náusea. Cético. Alguém tem. Alguém me tem. Alguém me ler. Alguém.
Motorista, pára esse ônibus. A terceira parada da Humberto Leite.
Aos 22.
É a única chance de alguém me ler. É a única chance de lembrarem. Só assim "13 de Maio" pode virar "Humberto Leite". Não tem outra maneira: só assim tanta visão vai fazer sentido. Poesia, sentimento, ação.
Tenho que escrever. O quê?! Lembrei de uma ótima palavra: náusea. Aquela coisa que não é física, mas não pode ser da alma: sou cético. Merda, sou cético. Meu bairro completa hoje 50 anos. Estou frustrado com a política. Tem um vento lá fora. Cético.
Hoje se eu fosse acreditar em algo não seria em Deus. Hoje quero chocolate. Não, baunilha. Companhia na cama. Muito grande se os braços ficarem só. Náusea, se só. É físico, mas sempre acho que aquela coisa fosse um pouco mais. Tenho que escrever.
Náusea. Droga, alguém tem que me ler. Cético. Meu nome é Humberto. É Leite. Mas também é Vieira, é Luis. 2000##0197##7. 004.###.853-05. Náusea. Cético. Alguém tem. Alguém me tem. Alguém me ler. Alguém.
Motorista, pára esse ônibus. A terceira parada da Humberto Leite.
Aos 22.
segunda-feira, outubro 09, 2006
Outubro é mês bonito!
É quando as aves saem do ninho, e fazem a nossa alegria. Lá no céu.
E a gente senta em assento ejetor, vê réplica de míssil, bate um montão de fotos de decolagens, pousos, decolagem, pousos. E tantos sobrevôos!
Outubro é mês bonito! E melhor ainda: vai ser lindo lá na praia. Com o verdeamareloazulebranco voando com fumaça, bailando, encantando sobre o mar. Tonneau barril, immelmann, vôo de dorso!!!
Outubro é mês bonito. É mês de avião.
Dia 19 que chegue logo!
Valeu, Alberto!
É quando as aves saem do ninho, e fazem a nossa alegria. Lá no céu.
E a gente senta em assento ejetor, vê réplica de míssil, bate um montão de fotos de decolagens, pousos, decolagem, pousos. E tantos sobrevôos!
Outubro é mês bonito! E melhor ainda: vai ser lindo lá na praia. Com o verdeamareloazulebranco voando com fumaça, bailando, encantando sobre o mar. Tonneau barril, immelmann, vôo de dorso!!!
Outubro é mês bonito. É mês de avião.
Dia 19 que chegue logo!
Valeu, Alberto!
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