quinta-feira, setembro 06, 2007

Lembro deles lavando as mãos de um jeito que até hoje tento imitar. Depois ri da roupa que me deram. -Mãe, tem um rasgão aqui embaixo! Um balão na ponta de um tubo. Pensaria eu, anos depois, parecia máscara de piloto de caça. -Enche a bola. -Mas eu não sei encher bola. –Tenta. Acordei com um sono que durou uns dois dias.

Aquele incômodo se foi e uma dor apareceu no lugar, mas foi embora com o tempo. Um pacote de bombons do meu lado. –Tio Xavier que te deu. Não podia comer nenhum. Lembro de tomar banho nos braços da mãe e do pai e de quando ela trocava aquele curativo tão grande que eu dizia nem precisar usar cueca.

Eu lembrei dessa agonia no baixo ventre, na dor de levantar peso. Do grito que ainda deve ecoar no consultório quando o médico puxou todos os pontos de uma vez. A cicatriz ficou escondida para virar homem, mas na terceira cirurgia de hérnia do meu pai eu lembro que já fiz uma também.

Então vamos parar com essa história de fazer academia e continhar com as caminhadas que é muito mais aconselhável!

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