domingo, dezembro 06, 2009

"Me explica
havia você e o céu
Havia você e o mar
Já não há"

Prendo o fôlego e olho o calendário. Falta pouco, falta muito pouco. Antes ouvia isso para muitos, hoje olho pra mim e repito, baixinho, antes de dormir ou na hora de tanto acordar com a certeza do deitar sem braços.

A vida prossegue na mesa ao lado. Até na cama ao lado. E falo com os demais e ouço sobre "saudade" e "distância" dos Afonsos à Copa, de São Paulo ao Rio, da Asa Sul à Norte; mas meus bilhetes exigem mais que uma hora de antecedência, são os momentos sem fim da contagem regressiva alegre, ao vir, e tão triste, ao ir.

Mas penso no azul e penso em uma futura casinha. Uma nova futura casinha. Onde poderei fazer minha bagunça. Verde. E roxa. E poderei, sim, poderei, sair de chinelo no dedo e cabelos revoltados. Como casei, como sempre sou.

Um comentário:

Ariadne disse...

Amor,
esse é o post mais lindo. Você - como sempre - se superando com delicadeza e força.
Saudade e distância são sentidos - eu sei demais.
Sinto contigo essa mesma coisa. E durmo olhando pra fotos desse casamento, cabelos revoltados e lindos, calça folgada, chinelo, blusa guardada, vestido de algodão, flores, flores, all star. Combinamos até nas irreverências nos pés. E são esses nossos pés irreverentes que nos levam pra caminhos certos e adultos. Tudo posso, tudo creio, desde que ao teu lado.

Te amo muito!