segunda-feira, agosto 02, 2010

Abro os olhos. Creme. Barba. Bigode. Banho. Sinto um pouco de frio e visto a primeira parte da roupa. Branco em cima, cores sólidas abaixo. Geladeira, caneca, leite, um minuto e vinte. Chocolate. Duas colheres. Bebo cereal, mastigo o leite. Olho o relógio.

Creme. Dente. Perfume. Resto da roupa. Sapato. Oi. Beijo.

Elevador. Caminho, espero, ônibus. Chego. Elevador. Oi.
Saio. Elevador. Caminho. Ônibus, espero, chego.

Elevador. Vem vindo elevador. Passos rápidos. Sorriso no rosto. Pulsação que ainda hoje insiste em subir. Só mais uns passos. Como é longo esse corredor! Chego! Sim, cheguei! Estou em casa! Dedo na sirene.

Péeem

Abre a porta. Sorrio.
E a vida faz todo o sentido.

Um comentário:

Ariadne disse...

fico feliz por ler estas suas palavras.
Engraçado, como a narrativa diária parece o início de "todo mundo quase morto". Explico - não parece nada com zumbi - mas nossas coisas nos levam pra outras nossas coisas e assim entramos mais ainda um nas entrelinhas do outro e num entendimento de 7 anos que parece o pulso forte do primeiro beijo naqueeeeeeela calourada de direito.

Vem pra casa! que meu colo te aguarda pra te dar todo conforto que você precisa. Beijos!