Tive insônia há um ano. Exatamente um ano.
Mas, quando venci a angústia, me permiti uma última ilusão de criança: fechei os olhos e fui dormir tendo mãe pela última vez.
Fui acordado 5h30 da manhã. Liguei o computador, comprei duas passagens, pegamos as malas já prontas e vim no voo das 9. Virei o ano com gosto amargo de suor, lágrima e luto.
Aos vivos, 5 dias de dor contida para enfrentar a burocracia. À morta, nada mais podia fazer. Nem ajudar, nem dizer. Só exemplo, só lição. Bons e ruins. Noites longas e certezas.
Hoje, eu me orgulho de 2012 ter sido o melhor ano da minha vida. Bom o suficiente para durar para sempre.
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