domingo, abril 24, 2005

A bola entra entre redes e o grito é inevitável. Pulos, abraços e comoção.
É gol.

O silêncio, peso cruel à minoria que insiste em existir no nosso reino é esquecido. No barulho, no grito, no ardor da garganta com veias à mostra e ecos no vizinho; não há oposição. Para não ouvi-lo, somente com mais barulho. Eu grito, você grita, eu não te escuto, nem você a mim.

Mas a lembrança é boa. É grito amigo, é abraço e alívio, isso pois estávamos aos 44. E, no teu ou no meu quarto, os sussuros são mais altos que gritos. E seguimos - quando já pensavam que eram os acréscimos, inevitáveis e crescresntes, como um grito. Lá vem a prorrogação.

E eu ouvi falar que tem gol.


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