terça-feira, setembro 26, 2006

"Aperta 99 e confirma".

É, ontem eu ensinei a votar nulo. Meu pai, que por três vezes viu adiado o sonho de concluir a 6º série, acabou aderindo. Não que eu quissesse.

O "não sei", "esse não", "também não dá" e "eu não acredito mais" são tão fortes quanto eu gostaria que fosse meu grito. Mas nada há. Olho, presto atenção. Mas nada.

Não que eu queira que seja assim. Adoraria ter bandeira, camisa, distribuir adesivos e soltar argumentos até a roquidão me interromper. Ou até a hora bater.
Que a garganta se explodisse...

Mas nada há. Se de um lado, antes, eu via tanta coisa de mal; agora, do outro, eu vejo bandeiras vermelhas que tremulam solitárias. Numerosas, é verdade. Mas solitárias com um palanque a sua frente que quer esquecer sua cor e falar que "sempre foi assim".

Não, não pode ser.
Não, eu não queria.
E não, eu não quero.

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