Momento velhice:
A Abigail Breslin já tem 13 anos. Isso significa que eu estou cada vez mais velho. (E que em pouco tempo ela pode me decepcionar!)
Momento nacionalista:
Falam mal dos tradutores brasileiros, mas enquanto Little Miss Sunshine é Pequena Miss Sunshine por aqui, em Portugal eles chamam de "Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos". Ainda bem que foi a Globo que passou na TV aberta. Se fosse o SBT, teria , com certeza, o nome lusitano. Dizem que "Lost", na emissora do Sílvio, seria "Uma ilha muito louca".
Momento esperançoso:
"Zombieland" tende a ser um dos melhores filmes que vou ver no cinema em 2010. E não vou ver sozinho!
Momento violento:
Dá vontade de sentar o dedo na fila de "Crepúsculo", "Anoitecer", "Tardezinha", "Finzim de dia" e todos esses filmes que só o cartaz já conta tudo. O de Zombieland também conta?! Pode até contar, mas cultura zumbi é alta costura!
http://www.youtube.com/watch?v=071KqJu7WVo
sexta-feira, dezembro 25, 2009
Ouço The Winner Is e lembro daquela maravilhosa manhã, que já faz tempo, e tão poucos meses!
Ouço-a enquanto caminho, caminho como sem fim, caminho até pensar em percorrer a longa estrada só à pé. E vejo avião ao meu lado. E do outro. E sobre o viaduto acima da cabeça.
Vou só pela rua feita para ser só, sem ligar quase nada a nenhum lugar. Vou bem. Vou bem. Há pouco fiz o caminho à noite, sem luz, sem roupa pro frio, sem qualquer abraço na hora de nem poder dizer "cheguei".
E mesmo que a noite tenha sido salva, mesmo que o plano telefônico salve a minha alma, mesmo que o tênis sujo seja só uma lembrança da juventude que já passou, ainda olho para aquela figura na parede e nada sinto. Nada. Indiferente.
A festa é para todos nós. E é só uma festa. É só comida, presentes, e felicidade. Nada além. Nada.
E às vezes isso me dói na hora de andar pela rua, sozinho. Não por medo. É que essa rua não vai até longe. Para lá, preciso das asas, das turbinas, da autorização para decolar.
Eu não acredito. Definitivamente, e ainda mais, eu não acredito. E assim, na hora ter a noite salva, de fechar os olhos e ouvir a voz lá de longe, de ver a terra sumir depois da nuvem, eu me sinto vivo. Eu me sinto vivo. Eu me sinto vivo.
E uma vida só me basta.
Ouço-a enquanto caminho, caminho como sem fim, caminho até pensar em percorrer a longa estrada só à pé. E vejo avião ao meu lado. E do outro. E sobre o viaduto acima da cabeça.
Vou só pela rua feita para ser só, sem ligar quase nada a nenhum lugar. Vou bem. Vou bem. Há pouco fiz o caminho à noite, sem luz, sem roupa pro frio, sem qualquer abraço na hora de nem poder dizer "cheguei".
E mesmo que a noite tenha sido salva, mesmo que o plano telefônico salve a minha alma, mesmo que o tênis sujo seja só uma lembrança da juventude que já passou, ainda olho para aquela figura na parede e nada sinto. Nada. Indiferente.
A festa é para todos nós. E é só uma festa. É só comida, presentes, e felicidade. Nada além. Nada.
E às vezes isso me dói na hora de andar pela rua, sozinho. Não por medo. É que essa rua não vai até longe. Para lá, preciso das asas, das turbinas, da autorização para decolar.
Eu não acredito. Definitivamente, e ainda mais, eu não acredito. E assim, na hora ter a noite salva, de fechar os olhos e ouvir a voz lá de longe, de ver a terra sumir depois da nuvem, eu me sinto vivo. Eu me sinto vivo. Eu me sinto vivo.
E uma vida só me basta.
domingo, dezembro 20, 2009
Não é só liquidificador e bermuda. A ausência tem muitos nomes. Vazio. Sozinho. Calado. Desfruição?!
É quando o livro perfeito é o peso na mão, o trabalho bem pensado não sai em palavras mal escritas. E o passado que queria mudar é invejado, e o futuro que quer sem forças para levantar de manhã.
Ainda bem! Ainda bem! Ainda bem que amanhã é segunda-feira. Ou me levanto por querer, ou vão me ligar para perguntar o que houve. Em uma semana, estarei de cinto de segurança e feliz por retornar. Retornar à vida.
Ou eu me levanto por querer, ou vão me levantar. Mas em uma semana eu vou estar de volta à vida.
É quando o livro perfeito é o peso na mão, o trabalho bem pensado não sai em palavras mal escritas. E o passado que queria mudar é invejado, e o futuro que quer sem forças para levantar de manhã.
Ainda bem! Ainda bem! Ainda bem que amanhã é segunda-feira. Ou me levanto por querer, ou vão me ligar para perguntar o que houve. Em uma semana, estarei de cinto de segurança e feliz por retornar. Retornar à vida.
Ou eu me levanto por querer, ou vão me levantar. Mas em uma semana eu vou estar de volta à vida.
domingo, dezembro 06, 2009
"Me explica
havia você e o céu
Havia você e o mar
Já não há"
Prendo o fôlego e olho o calendário. Falta pouco, falta muito pouco. Antes ouvia isso para muitos, hoje olho pra mim e repito, baixinho, antes de dormir ou na hora de tanto acordar com a certeza do deitar sem braços.
A vida prossegue na mesa ao lado. Até na cama ao lado. E falo com os demais e ouço sobre "saudade" e "distância" dos Afonsos à Copa, de São Paulo ao Rio, da Asa Sul à Norte; mas meus bilhetes exigem mais que uma hora de antecedência, são os momentos sem fim da contagem regressiva alegre, ao vir, e tão triste, ao ir.
Mas penso no azul e penso em uma futura casinha. Uma nova futura casinha. Onde poderei fazer minha bagunça. Verde. E roxa. E poderei, sim, poderei, sair de chinelo no dedo e cabelos revoltados. Como casei, como sempre sou.
havia você e o céu
Havia você e o mar
Já não há"
Prendo o fôlego e olho o calendário. Falta pouco, falta muito pouco. Antes ouvia isso para muitos, hoje olho pra mim e repito, baixinho, antes de dormir ou na hora de tanto acordar com a certeza do deitar sem braços.
A vida prossegue na mesa ao lado. Até na cama ao lado. E falo com os demais e ouço sobre "saudade" e "distância" dos Afonsos à Copa, de São Paulo ao Rio, da Asa Sul à Norte; mas meus bilhetes exigem mais que uma hora de antecedência, são os momentos sem fim da contagem regressiva alegre, ao vir, e tão triste, ao ir.
Mas penso no azul e penso em uma futura casinha. Uma nova futura casinha. Onde poderei fazer minha bagunça. Verde. E roxa. E poderei, sim, poderei, sair de chinelo no dedo e cabelos revoltados. Como casei, como sempre sou.
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