terça-feira, junho 21, 2011

Em Brasília, 2 horas e 53 minutos.

Da manhã. Tenho medo do vento no pescoço, dos barulhos da rua. A mente vai e volta e contorna. Chego à pomba atômica da paz, bomba atômica que mata devagarzinho. Preciso dormir.

Sinto saudades, mas é saudades controladas. Até exagero na noite, todavia os horários me ajudam. Imerso-me em palavras perdidas mas volto para olhar se ficam repetidas muito próximas uma das outras.

As pernas dóem do exagero da corrida. Penso nas calorias queimadas na expectativa de centímetros irem embora. As calças ainda entram, não me importo. Tenho medo é medo de um dia ficar doente.

Ficar doente e deixar de passar noites acordado. Noites de saudades. Noites sem chocolate, sem álcool. Noites radioativas, mas sem cara pálida. Noites em que enlouqueço na cozinho. Olhando o reflexo feliz enquanto lavo as louças.

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