quarta-feira, novembro 14, 2012


Sou ateu e me considero "ateu praticante", isto é, sempre busco mostrar os pontos de vista do ateísmo. Por que isso?!

Não sou contra a religião. Já recomendei muita gente que vá para a Igreja - Se acredita, acredite de verdade, viva a sua religião, tenha a sua fé, siga seus princípios e seja feliz. Podemos conviver perfeitamente juntos.

Acho que a coisa abominável do mundo é a pessoa ter religião apenas na hora de pedir ajuda ao transcendental (deus como um supertrunfo pessoal), na hora de ter preconceitos (deus como uma razão absoluta própria) e na hora de apontar os pecados alheios (deus como uma escada moral).

No entanto, não creio que os ateus devam "combater" isso. Ficar longe de pessoas assim é uma postura pessoal; evitar que os fiéis sejam assim é papel dos seus padres, pastores, mestres, etc.

O ateu, no entanto, não pode é deixar que o senso de muitos se torne a regra para todos. O ateu não pode deixar pensarem que ser ateu é sinônimo de ser mal. O ateu, igualmente, não pode ver questões fundamentais, como aborto ou células-tronco, serem dragadas por um tipo de pensamento que náo é válido para um país Laico.

Há muitos ateus que são apenas revoltadinhos e que mais cedo ou mais tarde acabam mesmo é encontrando Deus. Revolta metafísica é exclusividade de deístas. Ateus não são indiderentes à ideia de Deus (como também não podemos ser do conceito de Papai Noel ou de dragões que cospem fogo), mas indiferentes à ideia de presença de deus, seja nos bons, nos maus ou nos assustadores momentos.

No entanto, ateu é um ser humano. E o ser humano costuma reagir quando submetido a uma pressão descenessária, vulgo injustiça.

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