segunda-feira, outubro 12, 2009

Vejo os raios distantes de terra estranha. Olho e sei que estão ao sul. É que giro, vou, alcanço e sempre sei para onde olhar. Algo entre o Norte e o lado de onde vem o sol. Onde há mais que ondas tortas e tranquilidade. Há lembranças nas ruas, chances de ver conhecido em esquina. Onde há, veja só, esquinas.

E minha vó que já não é mais que ossos me liga a sobrenomes estranhos que posso chamar de família. Lembro do pé de cajaembú. E gosto! Como gosto! Como agora adoro as comidas antes sem graça, antes sem cor, antes sem marca. Agora a lembrança que explica meu modo de falar e o vazio do olhar que pode se tornar lacrimoso à lembrança do gosto de uma panela só ao fogo com arroz e feijão.

Mas abro o jornal e as letras miúdas com tantos números me dizem que um dia vou saber, quem sabe, o que é uma casa. Uma cama não sei qual para deitar e novos sonhos. Doida arte de sonhar. A gente faz planos, realiza, e depois fica se sentindo perdidão.

Daí vem a saia ao lado. E as saias são sempre muito mais que baús da felicidade. Se singular, é ela por si só.

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